Queimadas aumentam e indicam desrespeito às normas

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Solano Ferreira

O Decreto do governo federal proibindo as queimadas no Brasil até o final de dezembro não vem sendo respeitado e falta mobilidade para as equipes de fiscalização. Sem punição aos causadores, o fogo causa enormes destruições, principalmente na Amazônia, Cerrado e Pantanal. Biomas ricos em diversidades e cartões postais para o ecoturismo internacional, vem sendo devastados por incendiários.

Somente em Rondônia, dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revelam que no período de 8 a 14 de agosto deste ano de 2020, foram registrados 744 focos de incêndios florestais e queimadas. Esse número é 52% maior do que o monitoramento da primeira semana de agosto, quando 489 focos foram combatidos no estado. Porto Velho é a cidade com maior número de registros e as consequências são ambientais e à saúde humana, devido ao grande sufocamento e irritações respiratórias causadas pela fumaça.

Outra proporção que vem chamando a atenção na capital é de queimadas urbanas, com 343 novos focos registrados, segundo dados do INPE. Esse tipo de ocorrência dentro da cidade e em toda área territorial da capital, demonstra certa fragilidade na punição aos culpados. Sabendo que os órgãos fiscalizadores pouco podem fazer, as pessoas desrespeitam o decreto presidencial e incendeiam o podem pela frente.

Isso ocorre num momento em que o Brasil busca resgatar a imagem afetada no verão passado devido a repercussão mundial das queimadas. Os incêndios florestais geralmente ocorrem em áreas preservadas e são indícios de invasores em reservas federais e estaduais. Indica ainda que as derrubadas foram em grande escala afetando áreas inóspitas e que deveriam estar com a floresta em pé.

O autor é jornalista

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