A campanha eleitoral ao governo de Rondônia entra na reta final e deixa importante ensinamentos aos novos líderes de partidos políticos do Estado: a escolha de um bom vice-governador na chapa majoritária. Para equilibrar o processo eleitoral, o vice-governador precisa ser da capital, ter conhecimento da política e ser bom articulador político.
Vejamos as eleições passadas: o ex-governador Valdir Raupp (MDB) escolheu o médico Aparício Carvalho para ser vice-governador na chapa e foi eleito com expressiva votação. José Bianco (ex-PFL) teve o empresário Miguel de Souza, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero).
Ivo Cassol (PP), na sua primeira eleição, optou em uma chapa puro-sangue ao lado de Odaísa Fernandes (ex-PSDB). Na reeleição, Cassol optou por escolher João Cahulla, de Rolim de Moura, e foi reeleito no primeiro turno.
O atual governador, Marcos Rocha (União Brasil) acertou na primeira eleição de 2018, no empresário milionário José Jordam (ex-PSL e hoje no União Brasil), para ser o seu vice. Jordam é da Zona da Mata do Estado e Rocha foi eleito na onda Bolsonaro. Agora, no projeto de reeleição, Rocha escolheu Sérgio Gonçalves (União Brasil) para o projeto de reeleição. Gonçalves é de Porto Velho e nunca teve presença forte no mundo da política.
Do outro lado, o candidato ao governo Marcos Rogério (PL), optou em escolher Flávia Lenzi, ao cargo de vice-governadora na chapa. Lenzi tem domicílio eleitoral em Porto Velho e era candidata a deputada estadual e, na convenção do PL, recebeu o convite para integrar a chapa majoritária.
O vice-governador tem um papel importante no cenário político e pode sim ajudar muito o governador. Precisa ser bem articulado e confiança total do chefe do Poder Executivo. Muitas das vezes, a escolha de um vice sem prestígio político pode acabar sepultando uma chapa majoritária. Seja para governo ou prefeito. Fica a dica e boa eleição.
Autor: Redação Valor&MercadoRO.
