Virtualização do mundo é desafio para antigos segmentos

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Solano Ferreira

A pandemia do novo coronavirus ensinou o mundo a viver mais virtual. Compras, entregas, serviços, vários benefícios que facilitam a vida das pessoas pela comodidade, agilidade e segurança. No campo de comercio e serviços, a mudança é extremamente percebida e sentida, com a substituição do espaço físico pelo espaço virtual das empresas. Mas existem segmentos que foram afetados e que precisam com urgência se reinventar para acompanhar a tendência sem perder seus elementos fundamentais.

Um desses segmentos é o religioso. A muito tempo que as igrejas usam os canais de comunicação em massa para suas evangelizações e propagações de crenças. Durante a pandemia, foram muitas as lives que invadiram as redes sociais, levando fé e animo para as pessoas através dos meios de mídias digitais e eletrônicas. A comodidade foi benéfica naquele momento, mas agora virou um problema para as religiões que precisam das presenças de seus seguidores para os ritos e celebrações. Nem tudo dá para ser feito pelo meio virtual. Com a reabertura dos estabelecimentos, as igrejas perceberam que seus membros estão preferindo ficar em casa do que se deslocar aos templos.

Outro segmento que precisa se recuperar é o artístico e usou e abusou das lives durante a pandemia. acostumados com os shows gratuitos e dentro de casa, os fãs estão na ansiedade de mais lives, porém os artistas que sobrevivem das bilheterias precisam dos shows presenciais. Alguns já anunciam agenda e já organizam suas turnês para reaproximação do público, porém é difícil prevê como será o retorno. Nos esportes a ausência do público também é sentida com grande intensidade.

Essa volta ao novo normal terá alterações em diversos segmentos e não tem como mais ignorar as tecnologias em qualquer tipo de negócio. Para sobreviver, independente do ramo, será preciso mesclar tecnologias com novos modos de fazer e chegar ao público alvo. Desafios que já estão ardendo na cabeça de muita gente pelo mundo e que necessitam de soluções rápidas e eficazes. É preciso definir logo o que será digital e virtual e o que permanecerá presencial e físico no mundo dos negócios.

O autor é jornalista

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