Controle das queimadas é uma questão de saúde pública

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Solano Ferreira

Estamos entrando na fase crítica das queimadas e todos precisam estar conscientes de suas responsabilidades. Desde um grande produtor rural que precisa limpar uma área em sua propriedade, até o cidadão urbano que queima folhas secas no quintal, todos devem estar em alerta para o momento em que vivemos. A pandemia do novo coronavirus está no topo de crescimento, com muitas pessoas afetadas pela doença Covid-19, e as unidades de saúde estão nos limites que possam suportar. Qualquer problema a mais só agravará a saúde pública.

É comum no período de seca surgirem as queimadas na região. Sempre ocorrem os controles e fiscalizações, apesar de que em alguns anos o problema ser mais intenso, como foi no ano passado. Acontece que este ano de 2020 é atípico. Já temos problemas pulmonares e respiratórios demais e qualquer incidência a mais resultará em danos à saúde coletiva. O problema é maior para pessoas com a saúde vulnerável, além de idosos e crianças. 

Assim como todos estão envolvidos no controle da pandemia, tomando os devidos cuidados e ajudando na conscientização do demais, assim, da mesma forma, será necessário durante esse período de seca. Cada cidadão terá a responsabilidade de evitar fogo e orientar os demais para os mesmos cuidados. Um descontrole no número de queimadas colocara em colapso a saúde pública. 

O governo federal pretende instituir um ato para proibir qualquer atividade de queimada durante 120 dias. Também já prorrogou até dezembro a presença das Forças Armadas e demais forças de segurança na Operação Verde Brasil 2, quem tem como um dos objetivos evitar as queimadas e incêndios florestais. Se cada um fizer sua parte, governos e população, teremos um período de seca com menos fumaça e infecções respiratórias, e, assim, enfrentaremos a pandemia com menor risco possível.

O autor é jornalista

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