O atraso no repasse mensal de R$ 5,3 milhões para atender o Hospital de Amor Amazônia, unidade de Porto Velho, pode comprometer o atendimento de pacientes na unidade de saúde. O valor deveria ser transferido pela Secretaria de Saúde (Sesau) em abril, segundo apurou o site.
Na última quarta-feira (17/08), o presidente do Hospital de Amor esteve em Porto Velho e convocou uma coletiva com a imprensa para relatar o atual cenário financeiro. Segundo ele, a unidade de saúde tem um custo mensal de R$ 7 milhões e depende de ajuda do governo estadual para atender a demanda de pacientes originária do Estado.
A instituição, que completou este ano 10 anos de atendimento na capital, sofre uma das maiores crises financeiras por conta da gestão do ex-secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo. “Foi a pior gestão que já passou pelo Estado. O Fernando Máximo persegue o hospital”, desabafou em coletiva Henrique Prata.
O hospital recebe pacientes de todo o Estado e parte do Amazonas e, segundo Henrique Prata (vídeo), passou por problemas graves de transferência de recursos durante a gestão do ex-secretário.
A decisão de atrasar o repasse de recursos para o Hospital de Amor, segundo o Henrique Prata, partiu do ex-secretário Fernando Máximo. Mesmo sem repasse de recursos, a unidade seguiu realizando atendimento normalmente, cenário esse que deve reduzir nos próximos dias.
“Decidimos convocar a imprensa para explicar a sociedade rondoniense que nunca sofremos tantas consequências maldosas como as praticadas na gestão de Fernando Máximo. Foi na gestão dele que aconteceu uma redução significativa de recursos”, disse o presidente.
Henrique Prata destacou, ainda, as dificuldades que sofreu com gestão Máximo, que fizeram com que, atualmente, a entidade acumule uma dívida de R$ 18 milhões na conta garantida, por repasses anteriores atrasados e insuficientes.
SOBRE O HOSPITAL
Conhecido por oferecer o que há de mais moderno no tratamento do câncer a todos os pacientes de suas diversas unidades espalhadas pelo Brasil, a unidade HA Amazônia, por conta de um desvio na regulação, também denunciado pelo gestor, não atinge completamente sua capacidade de atendimento, enquanto clínicas particulares terceirizadas atendem pacientes oferecendo tratamentos ultrapassados, como a radioterapia por bomba de cobalto, protocolo já proibido em diversos países por apresentar riscos para a saúde do paciente oncológico.
Fonte: Valor & Mercado RO