Amazon Fort: Operação investiga primeiro contrato terceirizado do lixo em Florianópolis

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A Polícia Civil divulgou as primeiras informações sobre a Operação Presságio, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18/1) para investigar contrato de coleta de lixo em Florianópolis, atingindo servidores tanto da prefeitura, quanto da câmara. Quatro servidores comissionados foram afastados.

Conforme a corporação o obejto de investigação é o contrato com a Amazon Fort, sediada em Porto Velho (RO), a primeira empresa privada contrata na cidade após a permissão para que a prefeitura terceirizasse serviços de coleta de resíduos, o que foi motivo de embate entre servidores e a administração municipal, com deflagração de greve e diversos conflitos.

Segundo a Polícia Civil, o estopim para a investigação foi o fato do transbordo irregular de lixo em janeiro de 2021 feito aos fundos da Passarela Nego Quirido, no Centro, quando, em razão da greve, a terceirizada usou o local na margem da água para despejar lixo dos caminhões e passá-los às carretas que levam maior peso para o aterro sanitário.

A empresa foi contratada de forma emergencial, sem processo licitatório, devido à greve da Comcap justamente contra as terceirizações, iniciada em 20 de janeiro de 2021. No entanto, a PC afirma que verificações em fontes abertas revelaram que a Amazon Fort já anunciava em suas redes sociais, especificamente no Facebook, em 29 de dezembro de 2020, a contratação de pessoal para trabalhar em Florianópolis em vagas relacionadas à coleta de resíduos. Por isso a operação foi denominada “Presságio”, como se a empresa “prevesse” o futuro e que seria contratada pela prefeitura de Florianópolis. Na época esse fato foi denunciado pelo Sintrasem.

Para os investigadores da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), a suspeita se agrava porque a empresa assinou o contrato com o município em 19 de janeiro de 2021, um dia antes do início da greve. A investigação aponta que os envolvidos supostamente planejaram um esquema ilícito para contratar a empresa terceirizada durante a paralisação da Comcap. Após o fim da greve da autarquia, a Amazon Fort continuou a prestar serviços de coleta por aproximadamente dois anos, sem licitação. A greve durou 10 dias, mas o contrato vigorou por 17 meses.

Fonte: Correio de Santa Catarina

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