Não é só no Brasil que as plataformas digitais estão na mira das autoridades. Nesta quarta-feira, 10, o Paquistão bloqueou o acesso ao Facebook e ao Twitter.
A suspensão das redes sociais ocorre em meio a protestos no país, em decorrência da prisão do ex-ministro Imran Khan. O político é acusado de corrupção, mas a decisão judicial fez com que apoiadores dele fossem às ruas protestar, informa o site da emissora Al Jazeera.
Com o bloqueio de Facebook e Twitter, a Anistia Internacional divulgou nota com críticas ao governo do país asiático. Segundo a entidade, o bloqueio das duas plataformas afeta a liberdade de expressão local.
“Isso restringe o acesso das pessoas à informação e à liberdade de expressão”, afirmou a Anistia Internacional. “Pedimos à Autoridade de Telecomunicações do Paquistão e ao Ministério do Interior que revertam imediatamente esta proibição”, prosseguiu a organização.
De acordo com a plataforma NetBlocks, as plataformas de redes sociais não foram as únicas afetadas no Paquistão. “Foram observados desligamentos totais da internet em algumas regiões”, relatou a equipe do projeto.
Enquanto o Paquistão bloqueia o acesso ao Twitter e ao Facebook, autoridades brasileiras miram o Telegram. Nesta quarta-feira, por exemplo, o aplicativo de mensagens atendeu à ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e divulgou nota sobre o Projeto de Lei (PL) 2630/2020. Caso não divulgasse tal conteúdo, a plataforma seria suspensa do Brasil.
Além disso, por marcar posição contra o PL 2630, o Google recebeu multa de R$ 1 milhão da Secretaria Nacional do Consumidor.
Fonte: Revista Oeste