Governo federal tenta pela segunda vez privatizar a BR-364, a rodovia da morte

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Trecho crítico da BR-364, na região de Jaci Paraná, que foi afetado pela cheia histórica do rio Madeira, em Porto Velho. Foto J. Gomes
O Ministério da Infraestrutura e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social – BNDES, contrataram o consórcio de empresas que irá realizar os serviços técnicos para a elaboração da desestatização de mais de cinco mil quilômetros de rodovias federais em todo o Brasil.
Entre essas rodovias que passarão para a responsabilidade do setor privado está a BR-364 entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.
Uma reunião foi realizada nesta última quinta-feira (17) entre o consórcio e representantes do Governo Federal.
De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, as rodovias que estão com prioridade no processo de privatização é a BR-232 em Pernambuco, a BR-364 entre Mato Grosso e Rondônia, a BR-364/060 entre Mato Grosso e Goiás, e a BR-116/290 no Rio Grande do Sul.
Ainda de acordo com o ministro, a conclusão dos estudos para a proposta de privatização das rodovias será no terceiro trimestre de 2021, o que irá garantir o leilão até 2022.
A previsão do Governo Federal é que mais de R$ 30 bilhões sejam investidos na infraestrutura dessas rodovias.
É a segunda vez que o governo tenta privatizar a rodovia federal. No ano passado, empresas desistiram da privatização por entenderem ser inviável economicamente. A BR-364 chegou a fazer parte do  Plano de Concessões de Rodovia, um programa  do Governo Federal lançado em 2016 que previa a privatização de 10 rodovias federais. Os estudos de viabilidade técnica chegaram a ser autorizados pelo Ministério dos Transportes, mas não avançou.
Em 2017, o Ministério do Transporte lançou edital da duplicação da BR. O trecho a ser duplicado seria apenas de 22 quilômetros na região de Vilhena na divisa do Mato Grosso. O restante teria pista simples e a previsão de investimentos é de R$ 11 bilhões.
Fonte: Rondoniaovivo e Valoremercaro
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