Produção de arroz em Rondônia atinge139 mil toneladas na safra 2019/20

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Rondônia é o maior produtor de arroz da região Norte e a produção atende 34% da demanda estadual

A produção de arroz no Estado de Rondônia (safra 2019/20) está em torno de 139 mil toneladas, em uma área plantada de mais de 42 mil hectares, sendo a maior da região Norte, seguida pelo Estado de Roraima que é de cerca de 70 mil toneladas. A produção interna de arroz atende apenas 34% da demanda estadual, sendo que 1% deste valor é exportado para a Bolívia, portanto, há um déficit de 67%, que são importados de outros estados da federação.

Na última semana, os brasileiros foram surpreendidos com o forte aumento do preço de vários alimentos essenciais da cesta básica, principalmente do arroz. Muitos ficaram sem entender o porquê do aumento, e agora especula-se em todo país os motivos da atual alta do preço do arroz nas prateleiras dos supermercados e comentam-se várias causas e vilões para justificar um aumento tão grande no alimento básico do brasileiro.

De acordo com o economista da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Avenilson Trindade, a explicação da alta dos preços passa pela análise histórica da produção de arroz no mercado internacional e o impacto desta, no mercado brasileiro. “No mercado internacional houve o aumento do consumo, e com o avanço da pandemia do coronavírus, vários países exportadores de arroz suspenderam suas exportações, isso fez com que faltasse o produto no mercado internacional. Com isso, os países com ausência do produto buscaram comprar no mercado brasileiro. O Brasil  importa arroz do Uruguai, do Paraguai e da Argentina e esse fator fez com que faltasse arroz tanto no Brasil quanto no mercado internacional fazendo com que o preço subisse”, explicou o economista.

Tradicionalmente, a base dos preços é medida pela bolsa de Bangkok, da Tailândia, que nos últimos cinco anos atingiu o pico de US$ 564 dólares por tonelada, conforme aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), motivados pela “retração da produção tailandesa, reflexo da intensa seca na safra de inverno”. Nos Estados Unidos (EUA) a produção também caiu aproximadamente 2 milhões de toneladas. Essas quedas proporcionaram preços internacionais mais altos que estimulam a exportação do produto, com recordes históricos de mais de 1 milhão de toneladas nos últimos oito meses do ano, com alta de 73%.

Vale ressaltar que, em função da pandemia do coronavírus (Covid-19), houve um aumento no consumo interno brasileiro, prejudicado pela diminuição dos estoques reguladores que, ainda conforme afirma a Conab “os estoques finais de arroz no Brasil, ao final do ano-safra 2019/20, serão os menores da série histórica”. Além disso, os produtores brasileiros foram desestimulados com a contínua desvalorização do produto no mercado internacional e o elevado custo da produção, como explicado anteriormente.

Fonte: Secom

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