Rondônia lidera em casos de feminicídios no Brasil, aponta Fórum Nacional de Segurança

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Enquanto 16 estados mantiveram estabilidade, Rondônia caminhou na contramão e está na liderança de casos de feminicídios no Brasil com percentual de 225%. Em segundo lugar está Tocantins (233,3%) e Amapá (200%), todos na região Norte.

Os dados foram divulgados em dezembro de 2022 e são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que monitora os casos em todo o país. Eis a íntegra dos dados relacionados ao primeiro semestre de 2022.

A região Norte foi a que teve maior crescimento no primeiro semestre do último quadriênio, com elevação de 75%. Comparando o total de mortes deste ano com o ano anterior o crescimento foi de 9,4%. A região Centro-Oeste também teve crescimento significativo, com 29,9% de elevação entre 2019 e 2022 e 6,1% de crescimento apenas este ano.

Casos ganharam repercussão em 2022

Professora Fernanda Helena foi executada pelo namorado em Porto Velho em 2022

Em maio do ano passado, a professora Fernanda Herlana Tenório de Lima, foi encontrada no apartamento em que morava com sinais de estrangulamento.

O principal acusado era namorado da professora e foi identificado como Pedro H.F.N, de 33 anos. Após ser preso, ele foi executado dentro do presídio na capital.

Caso Rosilene Chaves ganhou grande repercussão no Estado

 

Ainda no ano passado, o Ministério Público do Estado de Rondônia apresentou denúncia contra o policial federal aposentado pelo crime de feminicídio. Ele é acusado de matar a ex-companheira, Rosilene Chaves de Oliveira, de 46 anos, na madrugada de 04 de agosto de 2021, na casa dele em Porto Velho.

 

 

Executada na frente dos filhos

Antônio Fernandes Feijó, 47 anos, foi condenado a 12 anos e nove meses, por esfaquear a ex-companheira, na frente das filhas, de 12 e 9 anos. Ele não aceitava o fim do relacionamento e, segundo testemunhas, apresentava sinais de possessividade com relação a vítima, de 36 anos.

O crime ocorreu em 17 de setembro de 2021, no bairro Tancredo Neves, em Porto Velho, na casa da vítima, uma vila de apartamentos. Ele atingiu o rosto, o seio e as costas das da ex-companheira, que só não morreu porque foi socorrida e levada para a unidade de pronto atendimento. Ela ficou inconsciente, para o desespero das filhas, que tentaram impedir a ação torpe do pai.

Monalisa Gomes da Mata

Os julgadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia, por decisão unânime, negaram o pedido de revogação da prisão preventiva, assim como medidas cautelares diversas da prisão a Thiago da Cunha Alves, 33, em habeas corpus (HC), Thiago é suspeito de ter matado, no âmbito doméstico, por asfixia, Monalisa Gomes da Mata,24. O crime aconteceu no mês de dezembro de 2021, na avenida Calama, bairro Embratel, em Porto Velho. Thiago tinha um relacionamento de aproximadamente um ano com a vítima.

Casos de repercussão no interior de Rondônia

A Promotoria de Justiça de Alta Floresta do Oeste, denunciou José Paula Goveia, acusado de assassinar sua ex-companheira Rayane Ferreira, por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio em relação a outras três pessoas. A vítima foi morta a tiros em abril deste ano, após se recusar a dançar com José, em um evento festivo na área rural daquele Município.

Na tarde do da 29 de abril, o foragido Claudemir Lara Cavalheiro, 39 anos, acompanhado de dois advogados, se apresentou na Delegacia de Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), de Rolim de Moura. Ele é acusado de tentativa de feminicídio a tiro, praticado contra a ex-esposa, Ângela de Paulo, 37 anos, na madrugada da última quarta-feira (27). A Justiça havia determinado prisão preventiva do homem.

 

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180

 

O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Fonte: Valor&MercadoRO

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