Verão mais curto não tem impedido os afogamentos

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Solano Ferreira

A temporada de verão na região é marcada pela busca de balneários e pontos de banhos em rios. Apesar que neste ano grande parte do período foi afetado pela pandemia do novo coronavirus, à medida que vem sendo liberado, a população de banhistas vive a euforia de recuperar o tempo perdido e aproveitar ao máximo o lazer preferido em tempos de intenso calor. Com isso voltam as ocorrências de acidentes com mortes por afogamentos. Os alertas de cuidados são relevantes e constantes, mesmo assim, os descuidos ocorrem e geram as tragédias.

Na água se brinca e se diverte, mas vale considerar que ‘com água não se brinca’. Um evento familiar ou entre amigos pode findar com dor e saudade eterna. Neste curto período de liberação dos banhos e balneários já foram registradas algumas ocorrências fatais. O número ainda bem menor que em anos anteriores, mas devendo considerar o tempo de isolamento social. Com isso, os casos já ocorridos tornam preocupantes e indicam que o entusiasmo tem sido desafiador.

Os afogamentos surgem de instantes de fração de segundos de um olhar cuidadoso que desviou a atenção, passado pelo risco consciente em desafiar o desconhecido leito de um rio, ou mesmo pela autoconfiança de estar em um lugar em que julga conhecer cada parte. A associação do lazer dentro água com bebedeiras também torna uma combinação nada favorável para a segurança dos banhistas.

Além dos tradicionais alertas, seria oportuno e prudente implantar normas para melhorar a segurança desses lugares. Assim como nas praias mais frequentadas em litorais, a presença de salva-vidas nos balneários e locais de banhos públicos ou privados, deveria ser exigência legal para que pudesse atender ao público. Dessa forma minimizaria os acidentes, aumentaria a frequência de alertas, e teria observações mais criteriosas para as mudanças e adaptações desses lugares.

O autor é jornalista

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