SOLANO FERREIRA
Especialista alegam que o índice de infecção pelo novo coronavirus atinge, no momento, percentuais semelhantes ao pico em julho, apesar das estatísticas oficiais não indicarem o crescimento. As unidades hospitalares pelo país estão lotadas e a diferença no momento é que já existem mais leitos hospitalares. Outra diferença é que o vírus continua mutante e agora apresenta outros sintomas como sequelas no sistema renal e no sistema cardíaco, além dos demais sintomas. Muito se fala a respeito da pandemia, mas as soluções não caminham na mesma velocidade das distorções.
O Ministério da Saúde teve 24 horas para elaborar e apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) um plano nacional de vacinação. No sábado (12), foi protocolado um calhamaço de papeis constando quase 100 páginas de um plano sem data para execução. Ou seja, o povo brasileiro ainda não sabe quando iniciará a imunização contra a Covid-19, apesar de já haver vacinas no mercado.
A CoronaVac, vacina paulista com tecnologia chinesa, ficou fora do plano do governo federal, que tem outras três vacinas na lista de compras que custarão cerca de R$ 2 bilhões para adquirir os 300 milhões de doses para imunizar os 50 milhões de brasileiros de grupos de riscos. Os prioritários serão profissionais dessaúde, idosos acima de 80 anos, e pessoas com doenças crônicas e que são mais propensas ao desenvolvimento e morte pela Covid-19.
Assim, pelo que se tem até o momento, os demais 160 milhões de brasileiros, se quer tem em vista uma luz no final do túnel. Essa grande massa humana terá de adquirir a vacina no mercado paralelo, se quiser ficar imune da doença mortífera. No entanto, até o momento, nenhum laboratório protocolou junto a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), o requerimento para testes finais e comercialização das vacinas. Desse modo, a esperança do brasileiro continua mais tarde do que outros povos, como foi durante toda a pandemia. Enquanto isso, máscaras e álcool 70º, água e sabão nas mãos, e a prudência para evitar novos picos.
A AUTOR É JORNALISTA