Tragédia em Myanmar: sobe para mais de 3.300 o número de mortos no terremoto

Mais de uma semana após o desastre, milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, dormindo ao relento

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Workers wearing hazmat suit spray disinfectant to sterilise the rubble of a collapsed building in Mandalay on April 2, 2025, five days after a major earthquake struck central Myanmar. Days after a shallow 7.7-magnitude earthquake that killed more than 2,000 people, many people in Myanmar are still sleeping outdoors, either unable to return to ruined homes or afraid of further aftershocks. (Photo by Sai Aung MAIN / AFP)

O número de vítimas fatais do terremoto que atingiu Mianmar no último dia 28 de março ultrapassou a marca de 3.300 mortos, segundo informações divulgadas neste sábado (5) por veículos estatais do país. O abalo sísmico, de magnitude 7,7, destruiu prédios e comprometeu infraestrutura em diversas regiões, deixando 3.354 mortos, 4.508 feridos e 220 desaparecidos.

Mais de uma semana após o desastre, milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, dormindo ao relento. Muitas casas foram completamente destruídas ou estão sob risco de desabamento, o que impede os moradores de retornarem.

Desde o golpe militar de 2021, Mianmar é governado por uma junta liderada pelo general Min Aung Hlaing. A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou que, mesmo após o terremoto, o regime realizou dezenas de ataques armados, apesar de ter anunciado uma trégua temporária na última quarta-feira.

Neste sábado, o chefe dos serviços humanitários da ONU, Tom Fletcher, descreveu a situação no país como “devastadora” após visitar áreas atingidas. Em publicação na rede X (antigo Twitter), Fletcher relatou encontros com equipes da ONU e de ONGs que prestam assistência em Mandalay, uma das seis regiões declaradas em estado de emergência.

Em nota, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou que já foram enviados suprimentos médicos, água potável e abrigos para Mandalay e outras áreas afetadas, embora não tenha especificado os locais. No entanto, a agência ressalta que as necessidades humanitárias superam amplamente a capacidade de resposta atual.

Segundo o OCHA, mais de 100 toneladas de ajuda humanitária já entraram no país desde o tremor, e 25 equipes de busca e salvamento foram mobilizadas. Ainda assim, a resposta tem sido dificultada pela falta de financiamento, além de barreiras logísticas e de acesso.

Fonte: Gazeta Brasil

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