
O número de vítimas fatais do terremoto que atingiu Mianmar no último dia 28 de março ultrapassou a marca de 3.300 mortos, segundo informações divulgadas neste sábado (5) por veículos estatais do país. O abalo sísmico, de magnitude 7,7, destruiu prédios e comprometeu infraestrutura em diversas regiões, deixando 3.354 mortos, 4.508 feridos e 220 desaparecidos.
Mais de uma semana após o desastre, milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, dormindo ao relento. Muitas casas foram completamente destruídas ou estão sob risco de desabamento, o que impede os moradores de retornarem.
Desde o golpe militar de 2021, Mianmar é governado por uma junta liderada pelo general Min Aung Hlaing. A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou que, mesmo após o terremoto, o regime realizou dezenas de ataques armados, apesar de ter anunciado uma trégua temporária na última quarta-feira.
Neste sábado, o chefe dos serviços humanitários da ONU, Tom Fletcher, descreveu a situação no país como “devastadora” após visitar áreas atingidas. Em publicação na rede X (antigo Twitter), Fletcher relatou encontros com equipes da ONU e de ONGs que prestam assistência em Mandalay, uma das seis regiões declaradas em estado de emergência.