Sem acordo com a Justiça, frigorífico da JBS segue fechado em São Miguel

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Frigorífico da JBS no município de São Miguel do Guaporé, que foi fechado pela Justiça do Trabalho durante o pico da pandemia

O frigorífico da JBS, no município de São Miguel do Guaporé, na região central de Rondônia, segue interditado pela Justiça do Trabalho. Uma reunião realizada ontem, por meio de viodeoconferência com os representantes da empresa no Estado, serviu para tratar do assunto, mas não houve um acordo.

Segundo apurou o site valoremercadoRO, a Justiça entendeu que o protocolo utilizado pela empresa JBS no combate ao Covid-19 não é eficaz para combater o coronavirus. De acordo  com a Secretaria de Saúde de São Miguel, 376 funcionários da empresa foram contaminados com o Covid-19. Até a última quarta-feira, a empresa afastou 44 funcionários que estão no grupo de risco.

ECONOMIA NO COLAPSO

Uma nova reunião está programada para acontecer na próxima semana. Enquanto, isso, o frigorífico segue fechado, impactando a economia do município. Na última terça-feira, o deputado Ismael Crispim, utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, para mostrar sua preocupação com a economia do município em função do fechamento do frigorífico.

“Já temos pequenos empresários quebrando, autônomo passando necessidade em casa e grandes empregadores sendo também afetados”, afirmou o parlamentar. “Tivemos que pedir a sensibilidade dos órgãos de controle, pois não podemos ter uma indústria daquela magnitude, responsável por tantos empregos, pelo giro de quase R$ 10 milhões na economia local por mês, fechada. Pedimos apoio do Senado Federal e tivemos uma participação muito forte do senador Marcos Rogério, mas ainda estamos muito preocupados”, afirmou.

Ismael apontou, que sua prioridade é a defesa da vida, mas que está muito preocupado com a economia. “Acredito que com esse trabalho de articulação junto aos órgãos de controle teremos uma resposta positiva. A vida é o nosso bem maior e estamos em uma luta conjunta. Precisamos ter essa preocupação com a economia. A receito do Estado vem desses empreendimentos, dos microempresários e por essa razão estamos nessa luta em prol de Rondônia”.

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