Rondônia tem potencial para gerar 69GWH/ano de Biogás, aponta estudo

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Os estados do Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima tem potencial para gerar 136 milhões de metros cúbicos de biogás por ano a partir de resíduos sólidos urbanos e de rejeitos da piscicultura, mostra estudo desenvolvido pelo Instituto Escolhas em parceria com o CIBiogás. Esse volume é capaz de produzir 283 GWh/ano de eletricidade, o suficiente para atender 107 mil residências com consumo médio de 220 kWh/mês e beneficiar 429 mil pessoas.

O uso do energético na produção e energia elétrica pode ser direcionado também a prédios públicos e a centros de beneficiamento e distribuição de produtos da bioeconomia, como peixes ou açaí, aponta o estudo divulgado esta semana. Outras opções são a substituição do gás de cozinha (cerca de 5 milhões de botijões/ano) e a utilização em veículos a gás.

A pesquisadora e coordenadora de Transferência de Conhecimento do CIBiogás, Daiana Martinez, explica que menos de 20% do potencial dos resíduos sólidos urbanos identificado nos quatro estados é aproveitado, pela ausência de uma política adequada de destinação de resíduos.

“Com o biogás, o custo de conversão de lixões em aterros pode se tornar investimento, economizando na eletricidade de prédios públicos ou ainda permitindo a participação em leilões”, diz a gerente de projetos e produtos do Escolhas, Larissa Rodrigues.

O mapeamento mostrou que no Amapá é possível gerar o equivalente a 31 GWh/ano de eletricidade e atender 12 mil residências e 50 mil pessoas. O estado foi atingido no mês passado por um blecaute que afetou mais de 85% da população.

No Amazonas, o biogás pode gerar 160 GWh/ano, o que daria para atender 60 mil residências ou 242 mil pessoas beneficiadas. Em Rondônia, a produção de eletricidade seria de 69 GWh/ano, com 26 mil residências atendidas e 104 mil pessoas beneficiadas.

Em Roraima, a geração potencial é de 24 GWh/ano, o que significaria abastecer 9 mil residências ou 36 mil pessoas. O estado é único ainda não conectado ao Sistema Interligado Nacional. Veja a íntegra do estudo.

Fonte: Canal Energia

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