O Estado de Rondônia liderou a lista de estados com maior diminuição na taxa de homicídios em 2017 (-22,0%). Os números foram divulgados hoje (27) no Atlas da Violência e, de acordo com o relatório, as mortes violentas estão historicamente associadas a conflitos agrários.
A edição deste ano do Altas da Violência destaca que a história da colonização de Rondônia, portanto, também explica a violência e o grande número de conflitos que permeiam sua sociedade. Cita como exemplo, no ano de 2016, em que Rondônia foi o lugar do mundo mais violento em termos de conflitos pela posse da terra e os registros desta natureza aumentam desde o notável caso Corumbiara (1995).
Segundo informou a Secretaria de Segurança do Estado um elemento que pode ter contribuído para a redução de casos em 2017 diz respeito às inovações no trabalho de inteligência, com o apoio da Polícia Federal, para a identificação de líderes com envolvimento potencial nos conflitos agrários.
Outro ponto que chama a atenção, segundo informações da Polícia Civil do estado é a alta taxa de elucidação de homicídios, sendo que, em 2017, 60% dos casos foram elucidados. Por outro lado, em face dos 554 homicídios registrados pelo SIM/MS em 2017, uma dúvida que se coloca sobre os resultados obtidos é o alto número de 1.231 pessoas desaparecidas naquele ano, segundo informações do FBSP.
No que se refere à evolução das taxas de homicídios de homens jovens no país, observou-se um aumento de 38,3% entre 2007 e 2017. No período mais recente, de 2016 a 2017, essa mesma taxa cresceu 6,4%. Nesse período, 11 das 27 unidades federativas apresentaram queda na taxa de homicídios de homens jovens. As maiores reduções ocorreram no Distrito Federal (-19,7%), em Rondônia (-16,4%) e no Piauí (-15,4%). Nove estados tiveram variação acima da média nacional. Os maiores aumentos foram observados nos estados do Ceará (+58,1%), Acre (+52,6%) e Pernambuco
(+27,4%).
O Atlas da Violência é elaborado a partir de uma parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Instituto de Econômica Aplicada (Ipea) e tem como base de dados os números apresentados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.
Fonte: valoremercadoro.com.br e G1