Rondônia é área livre de febre aftosa sem vacinação

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Agora é oficial, Rondônia é considerada área livre de aftosa sem vacinação. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que reconhece os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e os estados do bloco I que compreende os estados do Acre, Rondônia, alguns municípios do Amazonas e parte do Mato Grosso, que faz divisa com Rondônia, como livres de febre aftosa sem vacinação. A instrução Normativa nº 52 , assinada pela ministra do Mapa, Tereza Cristina, entrará em vigor a partir de 1º de setembro de 2020.

De acordo com o presidente da Idaron, Júlio Peres, essa é uma grande conquista, pois coloca Rondônia em pé de igualdade com os grandes produtores de proteína mundial com relação a patologia da febre aftosa. “Estar livre da doença com o reconhecimento de livre sem vacinação nos dá a condição de participar de uma maneira direta de vender carnes para mercados mais existentes”, explicou.

A partir da nova vigência, Rondônia receberá somente animais de estados ou países que tenha a mesma condição sanitária. O grande objetivo é almejar o reconhecimento internacional de livre aftosa sem vacinação. “A partir de agora nós temos essa perspectiva positiva, inclusive já fomos procurados pelo Mapa informando que o nome de Rondônia já está sendo repassado para os países que têm esse nível de exigência”, disse Júlio Peres.

O Estado de Rondônia trabalha há mais de 20 anos com a criação, permanência e manutenção da Agência Idaron, pelo fato de ser a certificação do trabalho realizado pelo produtor rural. “Nós recebemos a descentralização da atividade por parte do Mapa, capitaneador maior do programa sanitário do país e essa descentralização nos habilita a fazer a verificação, auditagem e o acompanhamento de todos os procolos em relação a essência da febre aftosa, ou até mesmo da presença dela, como por exemplo, quais são as formas de atuação, o que tem de ser feito, quais são as medidas legais que o estado tem que tomar”, destacou.

Com a retirada da vacinação contra a febre aftosa, o Estado de Rondônia vai intensificar a fiscalização nas fronteiras, propriedades e fazer a averiguação do rebanho. “Agora nós não temos mais o escudo, a proteção da vacina que periodicamente tínhamos essa introdução de novos fatores de proteção. A maior proteção hoje fica a cargo da fiscalização executada de uma maneira independente por parte do Estado além da parceria público privada, como um grande aliado no trabalho de educação, conscientização da classe dos produtores”, concluiu Júlio Peres.

Para o presidente do Fundo Emergencial de Febre Aftosa de Rondônia (Fefa), José Vidal, os produtores de Rondônia estão há muito tempo esperando por este momento que agora deve ser comemorado. “O setor agropecuário de Rondônia merece esse reconhecimento. Essa Normativa nos credencia, nos liberta para ter acesso a todos os mercados do mundo. Vamos continuar mantendo o trabalho sanitário e manter a área técnica do setor público que é um tripé de sustentação. O mais difícil é manter essa conquista, sabemos que não será fácil, nossa responsabilidade aumentou, mas com o apoio de todos vamos conseguir”, relatou.

Fonte: Diário da Amazônia

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