O município de Porto Velho está entre na sexta posição da lista de 20 municípios com população superior a 100 mil habitantes e maiores taxas de roubos e furtos de celulares. As três primeiras colocadas do ranking são capitais: São Luís (MA), com a maior taxa nacional do período, contabilizou 1.599,7 aparelhos roubados e furtados para cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar aparece Belém (PA), com taxa de 1.452,2 por 100 mil e, em terceiro, São Paulo (SP), com taxa de 1.425,4 roubos e furtos de celular por grupo de 100 mil.
Doze municípios da lista eram de grande porte, ou seja, possuem populações superiores
a 500 mil habitantes. Também doze dos municípios eram capitais: São Luís (MA), Belém
(PA), São Paulo (SP), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Teresina (PI). Recife (PE). Vitória (ES), Natal (RN). Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Fortaleza (CE).
Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado nesta quinta-feira (24.07.25). De acordo com o anuário, Rondônia registrou em 2024 11.478 registros de roubo e furto de celulares. Desse montantes, foram recuperados 581.
| Roubados e furtados/ano | Total |
| 2023 | 13.834 |
| 2024 | 11.478 |
| Celulares recuperados | Total |
| 2023 | 364 |
| 2024 | 581 |
Essas 20 cidades concentraram 40% de todos os celulares roubados e furtados no país,
indicando como esta modalidade criminal é concentrada e característica de cidades de
grande porte. O município de São Paulo, por exemplo, concentra 5,6% da população brasileira, mas responde por 18,5% dos celulares roubados e furtados no país. Salvador, por sua vez, possui 1,2% da população nacional, mas concentra 3,9% dos roubos e furtos de celular.
O caminho do roubo
Existem pelo menos dois caminhos conhecidos para os celulares roubados: venda local e no exterior do hardware do equipamento ou desmonte e comercialização de suas peças em lojas e assistências técnicas irregulares.
Antes, porém, o primeiro passo, e talvez o mais lucrativo, é tentar esvaziar a conta bancária do proprietário e/ou roubar informações e identidades que possam ser exploradas em golpes, fraudes e pedidos de resgate de contas de “influenciadores” digitais com grande número de seguidores.
A gama de possibilidades de monetização criminosa do uso de celulares furtados ou roubados é cada vez maior e diversificada. Para isso, uma forma de fazê-lo depende da habilidade do ladrão para manter o aparelho desbloqueado e trocar rapidamente a senha. Quando o aparelho é pego bloqueado, entram em ação os experts que algumas quadrilhas mais organizadas mantêm e o seu valor de mercado pode ser menor, a depender da marca.
Normalmente quem pratica o roubo ou furto não tem conhecimento para extrair dados dos
aparelhos e seu interesse é basicamente o de passá-lo para frente, ganhando dinheiro do
receptador.
Os roubos e furtos de celular deixaram de ser uma atividade isolada e, como esse mesmo
Anuário indica em suas tabelas e outras análises, passou a ter escala quase industrial,
com logísticas de transporte e redes de receptação distribuídas estrategicamente nos
principais pontos onde os criminosos operam. Uma vez com o aparelho celular em mãos, rapidamente os criminosos responsáveis pelos roubos e furtos se desfazem do equipamento e os entregam a receptadores, quase que todos associados ou integrantes de organizações criminosas como o PCC
Fonte: Redação Valor&MercadoRO
Texto: Marcelo Freire
Com informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025








