Porto Velho amanhece com filas de caminhões na avenida Jorge Teixeira após pane em carreta

A pane da carreta, que ainda não teve sua causa detalhada pelas autoridades, paralisou o fluxo na avenida, gerando engarrafamentos que se estenderam por quilômetros.

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Carreta sofre pane e fica parada na avenida Jorge Teixeira, em Porto Velho. Foto: Valor&MercadoRO

Porto Velho, RO (Da reportagem local) – A capital rondoniense enfrentou transtornos no trânsito na manhã desta quarta-feira (30.04) com longas filas de caminhões na Avenida Governador Jorge Teixeira (BR-319), no perímetro urbano. O congestionamento foi causado pela pane em uma carreta, por volta das 8h, horário de maior movimento na via, agravando a situação para motoristas e pedestres.

O incidente ocorre um dia após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) revogar a Portaria nº 2.358, de 8 de abril de 2025, que restringia a circulação de caminhões com peso bruto igual ou superior a 23 toneladas nos horários de pico (das 6h30 às 8h e das 17h30 às 19h, de segunda a sexta-feira).

A medida visava melhorar a fluidez do trânsito e reduzir acidentes no trecho entre a Ponte sobre o Rio Madeira (km 136,7) e o Trevo do Roque (km 144,9). Com a revogação da portaria, o tráfego de veículos pesados voltou a ser liberado sem restrições, contribuindo para o caos registrado hoje. A medida deveria entrar em vigor após uma campanha de conscientização dos motoristas.

A pane da carreta, que ainda não teve sua causa detalhada pelas autoridades, paralisou o fluxo na avenida, gerando engarrafamentos que se estenderam por quilômetros. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para organizar o trânsito e apoiar a remoção do veículo, mas a normalização do fluxo levou horas.

Moradores e motoristas que utilizam a Jorge Teixeira diariamente relatam frustração. “É sempre a mesma coisa quando tem carreta no horário de pico. A avenida não comporta esse volume de caminhões junto com o trânsito normal”, desabafou o comerciante João Silva, que ficou preso no engarrafamento.

A revogação da restrição tem gerado debates. Enquanto o setor produtivo defendia a liberação para facilitar a logística, a decisão contraria apelos de motoristas e do prefeito Léo Moraes (Podemos), que, desde janeiro de 2024, solicitava medidas para reduzir os impactos das carretas no trânsito urbano.

A situação expõe a necessidade de soluções que conciliem a mobilidade urbana com as demandas do transporte de cargas em Porto Velho.

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