O presente e o futuro da economia regional vêm do campo

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Solano Ferreira

O estado de Rondônia acertou quando vocacionou sua economia com base na produção de alimentos. A população formada por migrantes que chegou com o sonho de ter terra própria para trabalhar, manteve esse objetivo e agora o estado colhe os frutos. Podemos afirmar quem tanto o presente quanto o futuro econômico regional, estarão firmados no campo. No momento Rondônia vem crescendo com o agronegócio e ampliando as exportações. No futuro não tão distante, o estado poderá manter seus ganhos com a bioeconomia aliada com a produção em grande escala já consolidada.

Nesse primeiro momento podemos destacar o sucesso da pecuária no estado. A carne bovina fresca, refrigerada ou congelada teve aumento de 44% das vendas para o exterior do primeiro semestre de 2020 e a soja representou 42%. Basicamente a produção rondoniense ganha mercado em todos os continentes, o que vem rendendo volumoso saldo na balança comercial e promovendo a estabilidade econômica. O sucesso do agro é refletivo até no período de pandemia. Enquanto que a maioria dos estados perderam em média 18% de receita com as arrecadações de tributos, em Rondônia essa perda foi de 12%. As nossas exportações seguraram a economia e devem ajudar na recuperação econômica pós-pandemia.

Outra vertente a ser observada é que recentemente o Brasil referendou o texto do Protocolo de Nagoya, dando credibilidade e segurança jurídica para os negócios mundiais. Como estamos localizados  na Amazônia Legal, o estado precisará manter seu rigor com o meio ambiente para garantir a autenticidade de que nossos agroprodutos não interferem na questão ambiental. A bioeconomia é tendência mundial e podemos dar um grande salto à frente de outros estados que concorrem com os nossos produtos nas exportações. É preciso olhar para o peso dessa medida na economia mundial e unir o útil com o agradável. Temos um campo produtivo e promissor e devemos continuar assim, mas teremos ainda, de criar meios para transformar em renda a parte de floresta em pé. É possível criar e incentivar projetos agrossustentáveis de modo que possamos não limitar, mas saber crescer com essa nova corrente econômica.

O autor é jornalista

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