O amor não mata

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É terrível ter de repetir, mas é preciso gravar no nosso discernimento e torná-lo tão pavoroso como deve ser, o amor não mata. E por isso toda notícia de assassinato por companheiro deve ser termida e comovida por todos.

Na última semana foi constatado pela Polícia Civil durante a reconstituição da morte de Monalisa Gomes, de 24 anos, estrangulamento, descartando a possibilidade de suicídio e sim feminicídio.

Monalisa foi encontrada com diversas escoriações hematomas recentes. A polícia, o companheiro e um amigo do casal disseram que não estavam no local. A investigação continua e os dois suspeitos estão presos preventivamente e aguardam a conclusão do laudo que apontará o caso de feminicídio, mas a Monalisa não está mais aqui. Nem ela nem inúmeras mulheres que confiaram em seus companheiros.

Além do vírus que levou à pandemia, mulheres de todo o estado lutam contra uma verdadeira guerra para sobreviver dentro de casa. O pior dessa luta é viver amedrontadas por seus próprios companheiros, justo aqueles que foram escolhidos para confiarem e dividirem o bem mais precioso, a vida.

Elas continuam  dividindo o lar com seus agressores por diversas razões, seja por dependência financeira, violência emocional ou pelos filhos, motivos que não as deixam sair de relacionamentos que podem mais cedo ou mais acabar com suas vidas.

É importante lembrar que o amor não maltrata, não guarda rancor e nem tudo suporta. O momento para avaliar o seu relacionamento e dar um basta no ciclo de violência deve ser agora.

Gosto muito de um trecho do Roberto Lyra, príncipe dos promotores que fala: “O amor é, por natureza e por finalidade, criador, fecundo, solidário e generoso. Ele é cliente das pretorias, das maternidades, dos lares e não dos necrotérios, dos cemitérios, dos manicômios. O amor, o amor mesmo, jamais desceu ao banco dos réus, O amor não figura nas cifras da mortalidade e sim da natalidade; não tira, põe gente no mundo. Está nos berços e não nos túmulos”.

Vamos entender de uma vez os perigos de um relacionamento abusivo e criar coragem o quanto antes de sair com vida.

Fonte: Larina Rosa
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