Novas recuperações na velha rodovia 364

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O anúncio de investimentos na rodovia BR-364 é uma questão de dignidade aos rondonienses. Milhares de veículos transitam na rodovia, entre esses, as carretas que transportam cerca de 30 milhões de toneladas de grãos por ano. Não apenas pela importância econômica, mas, principalmente pela importância da vida devido a tantos acidentes que ocorrem entre Vilhena a Porto Velho, percurso de maior fluxo automotivo.

O fluxo pesado causa todos os anos danos na malha asfáltica da rodovia. Reformar ou pelo menos fazer tapa-buracos é uma constante reivindicação em favor da nossa gente. A BR-364 é uma estrutura antiga cheias de remendos.

A rodovia é um funil com apenas uma pista de cada lado. Alguns trechos tem a terceira faixa que alivia, mas não resolve a formação de comboios. As filas enormes de veículos causam constantes acidentes ceifando vidas ou deixando sequelas. Dentro das cidades ligadas pela rodovia, já tem as vias marginais que ajudam a diminuir o fluxo, mas não são suficientes para dar fluidez ao trânsito. A queda de velocidade dentro das cidades aumenta em muito o tempo de viagens.

Uma alternativa para que a BR-364 se tornasse mais segura e rápida seria a duplicação. Esse tipo de obra custa caro e o governo brasileiro tem outras prioridades em rodovias com maiores fluxos. A privatização também seria importante, mas até o momento não houve prospecção de rendimento para os interessados. Todos os estudos indicaram a inviabilidade econômica, a não ser que seja em lotes, como vem ocorrendo com os aeroportos.

Mesmo tendo que pagar pedágios, quem sabe seria mais compensador. Os danos causados nos veículos pelas pancadas nos buracos, o gasto a mais de combustível pelas reduções e acelerações constantes, além dos riscos à vida, se colocados na conta, o custo benefício para quem transita na rodovia seria o equivalente.

O autor é jornalista

 

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