Mesmo com reservatórios cheios, rondonienses vão pagar energia mais cara

Ou seja, será cobrada uma taxa extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos nas contas de energia elétrica no próximo mês mais caras para suprir a demanda.

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O reservatório da usina de Jirau transbordou de água e comprometeu a BR-425 por mais de 30 dias. Foto: Samyr Otto

Porto Velho, RO (da reportagem local). Mesmo com os reservatórios das usinas hidrelétricas em Rondônia, como os das usinas de Santo Antônio e Jirau no rio Madeira, operando em níveis considerados satisfatórios, os consumidores rondonienses terão que arcar com a bandeira tarifária amarela em maio de 2025, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A medida, que implica um custo adicional nas contas de energia, ocorre em um contexto de escassez hídrica em outras regiões do Brasil, apesar das condições locais favoráveis.

Comunidades do baixo Madeira foram impactadas nos meses de março e abril de 2025 pela cheia do Rio Madeira, em Porto Velho. Foto Leandro Moraes

De acordo com a ANEEL, a bandeira amarela será aplicada devido à necessidade de acionamento de usinas termelétricas em outras regiões do país, que enfrentam desafios climáticos, como chuvas abaixo da média e baixa umidade do solo nas bacias hidrográficas do Sudeste e Centro-Oeste. Essas regiões, que concentram grande parte da capacidade hidrelétrica nacional, estão com reservatórios em níveis críticos, exigindo fontes de energia Ou seja, será cobrada uma taxa extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos nas contas de energia elétrica no próximo mês mais caras para suprir a demanda.

Em Rondônia, as usinas de Santo Antônio e Jirau,  estão operando em Porto Velho e juntas respondem por cerca de 6.450 MW de capacidade instalada. Elas operam no modelo “a fio d’água”, com reservatórios menores e maior dependência do fluxo natural do rio Madeira.

Cheia no rio Madeira

A cheia no rio Madeira, em especial próximo ao reservatório da usina de Jirau, atingiu a BR-425 comprometendo o trânsito na rodovia federal por mais de 30 dias. A rodovia liga Porto Velho a Nova Mamoré e Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. A força da água também atingiu comunidades do baixo Madeira, em Porto Velho.

Veja o que diz a Aneel:

A  Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a decisão ocorreu devido à redução das chuvas em razão da transição da temporada chuvosa para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.

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