Marinha inspeciona estrutura do porto de Humaitá após acidente envolvendo balsa

Inaugurado em 2010 pela então ex-ministra Dilma Rousseff, o Porto de Humaitá teve sua estrutura comprometida.

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Porto de Humaitá, no Amazonas. Foto: DNIT

A Marinha do Brasil, através do Comando do 9° Distrito Naval, iniciou na última quarta-feira (12.03) uma operação de sondagem batimétrica no Porto IP4, em Humaitá, Amazonas, após um acidente envolvendo duas balsas no local.

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A ação, realizada pelo Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Negro” em conjunto com a Agência Fluvial de Humaitá, visa garantir a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana no Rio Madeira, após um acidente com balsas petrolíferas no último domingo (9) que danificou a estrutura do porto.

Porto Flutuante no rio Madeira, em Humaitá. Foto: Divulgação

A operação tem como objetivo fornecer dados precisos sobre a profundidade do rio e as condições do leito na área do porto, auxiliando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na avaliação dos danos e no planejamento das obras de reparo. A sondagem batimétrica é essencial para identificar possíveis obstáculos ou alterações no fundo do rio que possam representar riscos à navegação.

“Por meio das atividades desenvolvidas, a Marinha do Brasil reforça à comunidade marítima a importância da manutenção da atenção as medidas de segurança durante a navegação no Rio Madeira, principalmente em trechos situados nas proximidades de estruturas portuárias e em áreas habitáveis, como comunidades ribeirinhas e flutuantes.”, diz trecho da nota divulgada pela Marinha.

Estrutura foi danificada em 2021

Inaugurado em 2010 pela então ex-ministra Dilma Rousseff, o Porto de Humaitá teve sua estrutura comprometida. O porto, segundo reportagem do jornal O Globo, teve sua estrutura desalinhada por causa de uma poita (peso de ferro) de 28 toneladas que se deslocou antes do empeendimento ser entregue oficialmente a Companhia Docas do Maranhão (CODOMAR), responsável pelos portos fluvias de todo o Brasil.
O valor da construção foi de R$ 12,8 milhões e a empresa responsável pela obra foi a Eram – Estaleiro do Rio Amazonas. A assessoria de imprensa do Ministério dos Transportes informou na época que o acidente ocorreu em decorrência do grande número de troncos de árvores que descem pelo Rio Madeira. O projeto da obra não previu a força natural das águas do Rio Madeira.
Fonte: Redação Valor&MercadoRO e Blog do Holanda
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