Mariana Carvalho no Republicanos, Sérgio Gonçalves ainda patina no interior

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Governador Marcos Rocha e a ex-candidata a prefeita de Porto Velho, Mariana Carvalho. Foto: Campanha 2024

Por Carlos Sperança

Pressão sobre a Justiça

“A impunidade é a mãe da reincidência. Na medida em que não se pune, não se apura, isso gera um estímulo indireto para as pessoas acharem que está tudo solto, à vontade e os índices vão lá para cima”. Essa avaliação, de um ex-comandante da PM, Diógenes Lucca, ajuda a entender por que há tantas infrações ambientais na Amazônia, ao se saber que apenas 7% das ações penais sobre crimes relacionados à grilagem de terras na região
resultaram em condenações, segundo estudo divulgado pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
O estudo não se limita a esse dado: além de traçar um mapa das incidências criminosas, com a maioria dos casos ocorrendo no Pará (60%), Amazonas (15%) e Tocantins (8%), destaca a morosidade com que são concluídos – o tempo médio entre o início da tramitação e a decisão final é de seis anos, com boa parte tardando entre 13 e 18 anos, um empurrar com a barriga que persegue a prescrição.
É difícil exigir celeridade da Justiça quando figurões punidos pelo Judiciário empurram seus seguidores a uma furiosa guerra contra esse poder republicano alegando “perseguição”. No
entanto, a Justiça é mais criticada pela demora que pelo óbvio esperneio dos punidos. Réus de crimes graves raramente admitem estar errados. Não se deve ignorar, porém, que
processos apressados incorrem em erros que levam depois a mais demora.

Mais diligências

Por solicitação do senador Jaime Bagattoli (PL-RO), o Senado da República fará diligências nas terras embargadas em Rondônia. Porto Velho sediará o encontro nos dias 16 e 17 de outubro, com a presença d autoridades estaduais e municipais. Todos secretários de meio ambiente, desde a esfera estadual aos municipais estão sendo convocados para a reunião. Bagattoli explica que milhares de agricultores sofrem as consequências da falta de regularização fundiária no estado  causando graves  prejuízos ao desenvolvimento.
Ele quer destravar os impedimentos e buscar soluções para a regularização fundiária.

A regionalização

Vai se constatando um panorama de eleição ao governo de Rondônia no ano que vem bem regionalizada. Em porto Velho, com a supremacia do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), em
Ariquemes e Vale do Jamari com o ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB) na ponteira, na região central, polarizada por Ji-Paraná, o ex-senador Marcos Rogério (PL), na região do café e zona da Mata, o atual prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD). Em nenhuma destas regiões constata a liderança do vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) que é o candidato o governista. É a candidatura chapa branca em apuros.

Corrida ao Senado

Na corrida ao Senado, na capital, tirando Hildon Chaves (PSDB) e Fernando Máximo (Podemos) que anunciam candidatura ao governo do estado, neste meu primeiro
levantamento, que não tem nada de oficial, vão levando vantagem na peleja o atual govenador Marcos Rocha (União Brasil) e a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil). Mariana não tem a legenda no UB para a disputa e deverá pular para os Republicanos, do seu papai Aparício Carvalho. O ex-senador Acir Gurgacz (PDT e Caravana da Esperança) vai garantindo a ruptura em Ji-Paraná e região central, a deputada
federal Silvia Cistina (PP) tem uma boa m´pedia geral no estado, o delegado Camargo (Ariquemes) começa a decolar no Vale do Jamari, o milionário Bruno Scheidt é o lanterninha em todas as regiões do estado.

Brasil do Norte

O divisionismo do pais e de estados volta a discussão no cenário político pré-eleição. Agora é a vez do deputado bolsonarista Paulo Bilynski (PL-SP) defender a união do Pais entre o Brasil do Norte, reunindo os estados do Norte e Nordeste e Brasil do sul, com os estados do centro-oeste, Sudeste e Sul do País. No Sul do país, existe ainda mais pecionismo, querem o Brasil do Sul, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estados com mais identidade culturais e política, já que predomina a direita conservadora.

 

Via Direta
*** Perambulando pela cidade constatado muitas pequenas empresas fechando, muitos pequenos ambulantes e até distribuidoras de água. Explicam que enfrentam uma crise em
Porto Velho que se arrasta há quase três meses, estão no vermelho e já não estão aguentando ***

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