Marcos Rogério critica tentativa de politização de mortes por coronavírus

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Ao se solidarizar com as famílias das mais de 100 mil vítimas fatais do novo coronavírus, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou, em pronunciamento nesta quinta-feira (13), que é injusto e desumano politizar a questão e buscar a responsabilização de alguém pelo número de mortes no país.

Na opinião dele, diversos fatores levaram ao cenário atual, desde o início da pandemia.

Marcos Rogério afirma que, no campo científico, a doença ainda seja um mistério para o mundo. Mesmo assim, sem qualquer critério apoiado em pesquisa, parte dos cientistas continua negando a eficácia dos únicos medicamentos “mais plausivamente adequados para combater os efeitos do coronavírus”.

Na parte administrativa, ele lembrou que, quando tudo começou, as secretarias de saúde dos estados e dos municípios aconselhavam a população a não procurar o médico nos primeiros dias de sintomas. Hoje, esse procedimento é inverso e, portanto, mais lógico e eficaz, na opinião do senador.

Ele apontou ainda que o Supremo Tribunal Federal, ao negar ao Ministério da Saúde a possibilidade de criar um programa de abrangência nacional para o enfrentamento da pandemia, também contribuiu para criar um cenário de incertezas, uma vez que deu autonomia aos estados e municípios para decidir livremente sobre a questão. Assim, esses entes passaram a adotar medidas próprias, muitas das quais contraditórias entre si.

Marcos Rogério recordou também que a ajuda financeira da União, da ordem de R$ 120 bilhões, segundo dados do Ministério da Economia, não tardou a chegar aos cofres de estados e municípios. Segundo ele, foi tanto dinheiro, que os escândalos de desvios e irregularidades logo começaram a aparecer.

— Vai levar tempo para se descobrir qual o montante de recursos foi desviado Brasil afora. Dinheiro que deveria ser investido em medidas preventivas e no tratamento dos infectados. Por isso, digo outra vez: se alguém está realmente em busca de culpados pelas mortes, não pode deixar de pesquisar as consequências dos desvios e da má-gestão dos recursos — disse.

O senador acrescentou que a imprensa, apesar de prestar um relevante serviço, ajudou a semear o pânico na população e afastou-se da imparcialidade. E  apontou que a própria população contribuiu com esse cenário, ao não levar a sério a pandemia e as cautelas exigidas.

Fonte: Agência Senado

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