Jesualdo Pires denuncia perseguição a produtores de Rondônia

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Ex-deputado estadual Jesualdo Pires. Foto: Divulgação
Ji-Paraná, Rondônia. Em um discurso inflamado durante a sessão da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná, realizada nesta sexta-feira (30.05.25), realizada na 12ª edição da Rondônia Rural Show, o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), classificou a situação dos produtores rurais de Rondônia como uma “guerra” contra o estado.

Dirigindo-se ao senador Jaime Bagatoli (PL-RO) e deputado federal Fernando Máximo (União Progressista), presentes no evento, Pires denunciou o que considera uma perseguição sistemática ao setor produtivo, além de cobrar ações para a pavimentação da BR-319 e a liberação da exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
“É muita perseguição contra os produtores rurais. O produtor de Rondônia é o mais massacrado. Ele é trabalhador, mas tem hora que desanima”, desabafou Pires, destacando os embargos gerais preventivos impostos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo ele, as medidas, como as previstas na Instrução Normativa nº 15/2023, têm penalizado produtores de boa-fé, bloqueando propriedades sem notificação adequada e comprometendo o acesso ao crédito rural. “O produtor está cansado. É uma guerra contra Rondônia, contra quem produz e sustenta a economia”, afirmou.
Jesualdo também abordou a situação da BR-319, rodovia que liga Porto Velho a Manaus e é essencial para a integração econômica da Amazônia. Ele sugeriu a instalação de bases do Exército Brasileiro a cada 50 quilômetros ao longo da estrada como medida para coibir atividades ilegais e garantir a segurança para a pavimentação. “Quem vai enfrentar o Exército? Precisamos de uma solução definitiva para a BR-319, que é vital para o desenvolvimento de Rondônia e da região”, declarou.
Outro ponto levantado por Pires foi a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, que, segundo ele, poderia gerar recursos significativos para os estados amazônicos, incluindo Rondônia. “Estamos perdendo recursos que impactam diretamente nossa região. Precisamos sensibilizar a bancada federal para apoiar pautas como a BR-319, o petróleo na Foz do Amazonas e o suporte aos produtores rurais”, cobrou.
Ele criticou a influência de organizações não governamentais (ONGs), afirmando que “somente na Amazônia, são mais de 50 mil ONGs” que, segundo ele, dificultam o avanço de projetos econômicos na região.
Fonte: Redação Valor&MercadoRO
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