Na edição desta quinta-feira (17.10), o jornal O Estado de São Paulo destacou que, a cada quatro pesquisas eleitorais registradas no Brasil para o primeiro turno das eleições municipais deste ano, uma foi financiada com recursos da própria empresa responsável por sua produção.
Conforme a matéria, a prática de autofinanciamento de pesquisas de intenção de voto tem gerado preocupação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Ministério Público Eleitoral, que nos pleitos anteriores já alertaram para os riscos de fraudes e de manipulação política com o objetivo de influenciar o processo eleitoral.
O Instituto Veritá desponta como o líder em gastos com pesquisas autofinanciadas. Conforme dados da Justiça Eleitoral, a empresa realizou 297 levantamentos, sendo 296 custeados com seus próprios recursos, somando aproximadamente R$ 10 milhões.
Em Porto Velho, segundo apurou o site Valor&MercadoRO, o Veritá autofinanciou uma pesquisa para eleição de segundo turno. A pesquisa foi divulgada no último dia 15 de outubro, conforme informações registradas no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO). Essa pesquisa específica teve um custo de R$ 40.097,00, pago integralmente pelo próprio instituto, conforme registro nº 03534/2024.
Em contraste, o Instituto Quaest segue uma abordagem diferente. A pesquisa que será divulgada nesta sexta-feira (18.10) foi contratada pela Rede Amazônica por R$ 97.856,00. O levantamento está registrado sob o número 03222/2024 na Justiça Eleitoral, indicando que, nesse caso, os custos foram assumidos por um cliente externo.
A matéria publicada no jornal o Estado ressalta que o TSE e as promotorias estaduais têm intensificado a fiscalização para reduzir possíveis fraudes e garantir maior transparência, dada a relevância dessas pesquisas para a formação da opinião pública e o impacto que podem ter na decisão dos eleitores.
Fonte: Redação Valor&MercadoRO
