Imposto de Renda: Leo Moraes diz que votou contra proposta por coerência

O deputado disse que a aprovação do texto “teve seu aspecto positivo, como taxar lucros e dividendos, uma demanda da esquerda

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O deputado federal Leo Moraes

Único membro da bancada federal rondoniense a votar contra a proposta de reforma do Imposto de Renda, o deputado federal Léo Moraes (Podemos) justificou sua posição como uma medida de coerência. “Sempre votei contra qualquer aumento, qualquer alteração de imposto ou tributação majorada. Por isso votei contra”, argumentou.

O deputado disse que a aprovação do texto “teve seu aspecto positivo, como taxar lucros e dividendos, uma demanda da esquerda. Mas, poderíamos ousar mais, falar, por exemplo da taxação das grandes fortunas. Outro ponto positivo foi a atualização do cadastro da pessoa física, pelo qual mais pessoas foram abarcadas pela isenção do IR”, avaliou.

Em sua análise, Léo Moraes diz que a atualização do cadastro da pessoa física foi usada como mote, “mas é uma medida que ia acontecer de qualquer forma, já que é obrigatória. Não precisava ser dessa forma. Leva a crer que foi um grande benefício, quando na verdade, era uma atualização que já deveria existir para inserir mais gente na isenção do IR”.

O parlamentar chama a atenção, entretanto, para as empresas. “Para a pessoa jurídica, no setor de serviços, na indústria, no setor produtivo, foi muito ruim. Isso deságua em quem consome, isto é, em toda a sociedade, que vai pagar a mais pelos produtos, porque o valor a mais vai ser embutido. Como é sabido, o empresário, o industrial repassa todo custo adicional para o consumidor final”.

Na Câmara federal houve quem comemorasse, como o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), autor de um dos destaques, com o argumento de estar “fazendo justiça, pois estamos cobrando de quem pode pagar. Estamos cobrando um pouco mais daqueles que mais têm”. Só não disse que esse ”pouco a mais” vai ser repassado.

Léo Moraes explicou ainda que um dos exemplos de que haverá impacto no valor dos serviços e produtos, é que a indústria e o comércio eram contra. Segundo ele perdeu-se uma grande oportunidade de discutir algo mais consistente que é a taxação de grandes fortunas, uma corrente mundial. Nos EUA, por exemplo, os bilionários pedem para serem taxados’.

Fonte: Assessoria

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