Grupo Bizarrus reestreia nesta quinta nova temporada no Teatro Guaporé

O espetáculo se tornou destaque na mídia e foi apresentado em outros estados e até para reunião da ONU

13
Bizarrus é uma iniciativa que conta com a parceria do Judiciário de Rondônia

O ano de 2024 foi especial para os envolvidos no projeto Bizarrus, pois marcou a retomada do espetáculo depois de sete anos. A partir de 13 de março, quinta-feira, data da reestreia nesta nova temporada, no Teatro Guaporé, a peça teatral encenada por reeducandos do Sistema Prisional de Rondônia, passa a colher os frutos desse trabalho impactante.

Bizarrus é uma iniciativa que conta com a parceria do Judiciário de Rondônia

Desde que foi iniciado, há 3 décadas, o desafio do projeto é transformar pessoas que cumprem pena em atores que contam a própria trajetória no mundo do crime para o caminho de reintegração social. Grande parte dos que passaram pelo projeto são exemplos de como a arte, trabalho e terapias podem, de fato, modificar a história de homens considerados infames pela sociedade.

Bizarrus é uma iniciativa que conta com a parceria do Judiciário de Rondônia, por meio do GMF – Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Medidas Socioeducativas  e VEP- Vara de Execuções Penais, do Governo de Rondônia, por meio da Sejus e amplo apoio do Ministério Público e da Defensoria Pública.

O espetáculo se tornou destaque na mídia e foi apresentado em outros estados e até para reunião da ONU. Acabou se tornando um método por meio da Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso. A Acuda oferece inúmeras atividades aos reeducandos e agora retoma sua atividade original com a montagem de um novo espetáculo.

“Já tivemos exemplos concretos de como o projeto resgata homens de um sistema no qual a reincidência é regra. Ao cumprir a pena, muitos voltam a cometer delitos. O próprio sistema prisional convencional se estrutura dessa forma, já que foi tomado por facções. Por isso, eu acredito que, para quebrar esse ciclo de violência, é necessário ir além. A sociedade precisa pensar em como quer receber essa pessoa ao final da pena, porque ele, com certeza, voltará para o meio social, resta saber como”, refletiu Sérgio William Domingues Teixeira, juiz da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas-Vepema. O magistrado acompanhou Bizarrus desde o início quando era titular da VEP-Vara de Execuções Penais, por isso fala com conhecimento de causa.

Fonte: Redação Valor&MercadoRO

Deixe seu comentário