Gasoduto Urucu-Porto Velho é um mistério de décadas

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SOLANO FERREIRA

Depois de 30 anos de exploração do gás natural extraído na bacia do rio Urucu, nos municípios de Tefé e Coari, no Amazonas, é incabível que o projeto do Gasoduto Coari-Porto Velho (Amazonas /Rondônia) não tenha sido executado. O que estaria por trás dessa barreira também não tem lógica, uma vez que a execução do projeto traria crescimento econômico e estaria promovendo desenvolvimento para o Oeste brasileiro e até para outras regiões. Em três décadas o gás só chega até Manaus, e ponto final.

As minas do Polo de Urucu têm produção estimada em 16.525 barris de óleo e condensado por dia, e, 14,281 milhões de m3 de gás natural por dia, além de 1,137 mil toneladas por dia de gás liquefeito de petróleo (GLP). É sabido que o potencial é bem maior e que se os produtos fossem extraídos em maior escala abasteceriam grande parte da demanda do Brasil. Pelo menos é o que estimam especialistas.

O gás natural é consumido em veículos como combustíveis (GLV) e ainda utilizados em cozinhas (GLP), mas a utilização do produto vai muito além, sendo matéria prima para plásticos, fertilizantes e diversas outras demandas. Nossa capital Porto Velho e até mesmo os demais municípios do interior rondoniense poderiam avançar ainda mais com a industrialização abrindo novas gamas de crescimento econômico.

Tudo indica que as barreiras do gasoduto Coari-Porto Velho são tão obscuras quanto o reasfaltamento da BR-319 ligando Porto Velho-Manaus. A flamula que esconde esses projetos é a causa ambiental, mas se puxar a cobertura poderão ser revelados outros motivos econômicos de uma competitividade sem explicação. Vale a pena ir adiante e buscar esse benefício para Rondônia e outros estados do Oeste. 

O AUTOR É JORNALISTA

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