Essas Vidas que precisam ser respeitadas, não negligenciadas

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SOLANO FERREIRA

O sinal de alerta já foi disparado na Bolívia, onde mais de duas mil famílias já foram atingidas pela enchente dos rios Isidoro, Sécure e Mamoré, no Departamento de Bene. É uma situação que preocupa porque as constantes chuvas que caem no lado boliviano também provocarão transbordamentos por aqui, quando todo esse volume de água descer para o rio Madeira atingindo a região de Porto Velho.

Esse é um fenômeno sazonal que já faz parte da vida da cidade e a questão é saber quantos metros o nível das águas do Madeira subirá, aponto de fazer estragos como na histórica enchente de 2014.

No entanto, mesmo que a cota do rio não suba tanto como há sete anos, quando o nível do Madeira ficou acima dos 20 metro, a situação também preocupa porque essa água quando chegar aqui vai invadir as áreas mais baixa da cidade atingindo milhares de famílias que vão precisar do apoio institucional para serem socorridas e, em alguns casos, serem até removidas para um local mais seguro. De acordo com a prefeitura, 1804 famílias estão nessa situação na capital.

E é aqui que a logística precisa estar afinada e as defesa civil do estado e do município têm que falar a mesmo língua para que essas famílias sofram além da cota, por causa desse fênômeno natural.

O poder público tem que ser pró ativo para se antecipar as surpresas que poderão vir, afinal, são vidas que estarão em jogo. Vidas muito sofridas por causa da pandemia do novo coronavírus que tem afetado a todos. Vidas que têm que ser respeitadas e não ignoradas. Vidas que precisam estar visíveis, aparecer no radar das autoridades para que não sejam negligenciadas.

O AUTOR É JORNALISTA

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