As empresas e engenheiros ambientais que atuaram no processo de criação de 11 unidades de conservação no estado de Rondônia não possuem Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (Crea-RO) e os estudos realizados pelos profissionais apresentam carência de informações.
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De acordo com o presidente do CREA-RO, Edison Rigoli, os engenheiros que atuaram na criação da reservas não possuem registro profissional e ausência de registro profissional junto ao Conselho local inviabiliza a validade técnica dos estudos.
No último dia 26, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) recebeu do representante do CREA-RO a lista dos profissionais que atuaram na criação das unidades de conservação. Veja o depoimento do presidente do CREA-RO:
Para o presidente da CPI, deputado Alex Redano (Republicanos), está cada vez mais evidente os indícios de irregularidades no processo de criação dessas unidades de conservação. “A CPI já constatou a falta de assinatura no documento e a ausência de pessoas habilitadas para conduzir o processo”, disse o parlamentar.
A CPI já tem a relação das empresas que participaram dos estudos, entre elas a Permian Brasil e FumBio. Todas as empresas citadas no processo em poder da comissão, segundo o presidente do CREA-RO, não tem registro no conselho.
Engenheiros Florestais
A CPI possui uma relação de nomes de engenheiros florestais da Sedam que teriam feito mapeamento da área, mas os moradores da região desconhecem da presenças de servidores na área. Tiveram os nomes citados nos depoimentos os seguintes engenheiros florestais: Isadora Araújo Chagas, Dalita da Silva, Priscila Rocha, Sebastiana Almeida, Silvia Gonçalves, Elin Vinte e Marcio Antonio Nunes. Dárius Agusto Varques, (extrativista), Osvaldo Oliveira (extrativista) e Paulo Sérgio Lima (gestor ambiental) tiveram também os nomes citados durante os interrogatórios.
Fonte: Redação Valor&MercadoRO
