Empresário da comunicação é preso e Polícia Federal indica “cartas marcadas” em licitações

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O empresário do ramo da comunicação, Paulo de Sá, foi preso pela Polícia Federal em Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira, 13, na Operação Engalobados. O empresário Lindenberg Chaves, dono de um laboratório de análises clínicas na cidade, também recebeu a PF em casa, mas não foi detido.

Em entrevista à imprensa sobre a operação, os delegados da Polícia Federal de Cruzeiro, Fabrício Santos e Ana Carolina, disseram que 2 contratos que somam R$ 1,8 milhão, firmados em março deste ano entre a secretaria Municipal de Cruzeiro do Sul e  2 empresas, foram  fraudados. “As empresas forjavam a cotação. Faziam cotação antes mesmo do processo de dispensa e pediam que amigos enviassem cotação. Já tinha a empresa pré-determinada  para ganhar”, relata a delegada Ana Carolina.

Ela explica que a empresa da área de comunicação, que ganhou um processo de dispensa de licitação  para entregar 8 equipamentos, só entregou 6 e somente um mês depois do contrato firmado. Para prestar o serviço a empresa teria ganho um jogo de cartas marcadas. “A empresa ganhou para entregar 8 equipamentos mas só entregou 6 e mesmo assim quase um mês depois do início do contrato e  a prefeitura pagou por todo o serviço”, relatou.

Treze mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Acre e Goiás. Nove pessoas foram intimadas à depor na Polícia Federal, o que segundo o delegado Fabrício, vai esclarecer fatos que estão sob investigação. “Os crimes de peculato e fraude a licitação foram comprovados e a investigação continua”, esclarece.

Um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal foi em Morrinhos, no Estado de Goiás. É nesta cidade que mora o ex-secretário de Saúde de Cruzeiro do Sul, médico Agnaldo Lima, que pediu demissão do cargo recentemente. A prefeitura de Cruzeiro do Sul vai se pronunciar por meio de nota.

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