Os deputados estaduais de Rondônia estão em busca de uma solução para as famílias que vivem na Unidade de Conservação Soldado da Borracha. A situação envolve um impasse sobre a permanência dessas pessoas na área protegida.
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Na última terça-feira (09.10), o deputado estadual Pedro Fernandes (PRD), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, levantou uma questão crucial: “Se retirar as pessoas da reserva Soldado da Borracha, onde será colocada essa população? Não podemos aceitar o que está acontecendo. Criaram uma reserva em cima de uma área titulada no Estado de Rondônia, e agora querem cancelar as fichas do Idaron.”

A declaração do parlamentar reflete a preocupação com o destino das famílias que ocupam a unidade, apontando para a necessidade de uma solução humanitária e sustentável que concilie a preservação ambiental e os direitos dos moradores.
Durante o debate sobre a situação das famílias na Unidade de Conservação Soldado da Borracha, o deputado Alex Redano (Republicanos), presidente da CPI que investiga a criação de reservas em Rondônia, fez um aparte destacando a necessidade de segurança jurídica para resolver o impasse.
Redano sugeriu a realização de uma visita institucional ao Ministério Público com o objetivo de apresentar a realidade do problema e buscar soluções viáveis. Ele também propôs a importância de visitar órgãos estratégicos: “Precisamos ir até a Sedam, a Secretaria de Segurança Pública, a Idaron, e encontrar uma solução conjunta.”

O líder do governo na Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Laerte Gomes (PSD), reforçou a necessidade de envolver todos os órgãos de controle na busca por uma solução para a situação das famílias na Unidade de Conservação Soldado da Borracha.
Laerte destacou que muitas pessoas vivem na área há décadas:“Existem pessoas no local que estão ali há mais de 50 anos.”
O parlamentar defendeu que o debate precisa ser conduzido com responsabilidade e articulação entre os poderes, a fim de garantir uma solução justa para as famílias, levando em consideração o tempo de permanência delas no local. A participação ativa de órgãos de controle e entidades do governo é fundamental para encontrar uma saída que respeite tanto os direitos das comunidades quanto as questões ambientais.
Fonte: Redação Valor&MercadoRO