Depois de grandes expectativas vem a frustração na Reforma Tributária

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SOLANO FERREIRA

A Reforma Tributária tinha de tudo para reorganizar o País visando o crescimento econômico, porém, o texto apresentado pelo governo e defendido a unhas e dentes pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é visto como oportuno para aumentar a carga tributária em favor de mais receita para o governo. Depois de grandes expectativas vem a frustração. Acontece que todos aqueles que mais acreditavam na proposta, agora são os que desejam que a votação não aconteça, a não ser com ampla discussão e mudanças pontuais. 

O setor industrial puxou uma ampla discussão com diversas instituições para reforçar a pressão contra a criação de novos tributos e novas taxações no Imposto de Renda. O setor produtivo deve pagar mais impostos e a classe média terá mais taxação no IRPF. Isso é visto como oneração para as empresas e retenção de consumo à classe social emergente que mais consome no momento. 

Além dos empresários e lideranças que representam a classe média, sete grandes partidos se manifestaram no sentido de não votar o texto do jeito que o governo pretende. Querem debater mais e encontrar alternativas que sejam comuns para cumprir o objetivo inicial que seria de desonerar para o País crescer. A Federação das Indústrias de São Paulo, que puxa o movimento nacional pelo amplo debate da Reforma Tributária, vem divulgando estudos que apontam a criação de mais tributos com o modelo de reforma defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Os industriais veem o momento desfavorável para votar a Reforma Tributária, uma vez que as contas públicas estão altas e o governo precisa arrecadar mais. Desse forma, ao invés da reforma ter o objetivo de reorganizar a economia do País e diminuir o fardo tributário de quem produz, estaria servindo como instrumento em favor de mais arrecadação para o governo. 

O autor é Editor-Chefe do Diário da Amazônia. Comunicador Social e Marketing/ Mestre em Geografia. Atua na Gestão Estratégica e Gerenciamento de Crise.

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