Copom eleva Selic para 14,25% ao ano, maior patamar desde 2016

Taxa básica de juros chega ao maior patamar desde agosto de 2016, o mesmo registrado no fim do governo de Dilma Rousseff, em um momento de grande instabilidade política no país

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Vista do Banco Central. Foto: Reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (19), a elevação da taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 14,25% ao ano. Com essa alta, a taxa básica de juros chega ao maior patamar desde agosto de 2016, o mesmo registrado no fim do governo de Dilma Rousseff, em um momento de grande instabilidade política no país, quando a presidente enfrentava um processo de impeachment.

Esta é a quinta reunião consecutiva do Copom com aumento da Selic, que já havia subido nas reuniões de setembro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. O anúncio é um reflexo da tentativa do Banco Central de controlar a inflação e de conduzir a economia brasileira diante dos desafios internos e externos.

A decisão, que já era amplamente esperada pelo mercado, está dentro do que foi antecipado pela autoridade monetária na última reunião, em janeiro, e segue o “forward guidance”, uma orientação futura dada pelo Copom sobre o comportamento da política monetária. Com a elevação de hoje, o Copom reafirma sua postura de cautela diante da instabilidade econômica e das pressões inflacionárias.

Com a taxa em 14,25%, os empréstimos e financiamentos no Brasil devem sofrer um impacto direto, com um encarecimento no custo do crédito. A Selic, considerada a principal taxa de juros da economia brasileira, orienta a forma como os bancos cobram os preços para diversos produtos financeiros.

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