Construção da usina de Tabajara vai afetar mais de 300 famílias, áreas de produção e sítios arqueológicos

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Apresentação dos estudos foi feita ontem na Vila de Tabajara, região onde será construído o impreendimento

A construção da usina de Tabajara, localizada na região de Machadinho do Oeste (RO), vai afetar mais de 300 famílias e trará impactos negativos na perda de produção, perda de sítios arqueológicos. Os impactos positivos serão: a criação de novos postos de trabalhos, impulso da economia da região e a aumento da oferta de energia na região.

Esse cenário foi apresentado nesta quarta-feira (6) durante audiência pública realizada no distrito de Tabajara, no local onde está prevista a construção da usina. O evento foi convocado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e reuniu representantes do Ministério de Minas e Energia, governo do Estado, do município e comunidade.

A apresentação do estudo foi feita pelo geógrafo Marlon Rocha, coordenador geral dos estudos realizados pela JGP Consultoria e Participações. Segundo os estudos, os impactos identificados identificados nas obras e no funcionamento da usina são típicos de usina hidrelétrica.

“São de modo geral, impactos que poderão ser prevenidos, monitorados, compensados ou que serão alvo de ações previstas nos Programas Ambientais para reduzir a intensidade dos seus efeitos negativos”, diz o estudo.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os Estudos não contemplan terras indígenas, pescadores e 16 comunidades.

De acordo com a procuradora Gisele Bleggi, 3 terras indígenas deveria estar no estudo de impacto ambiental. “16 comunidade, entre elas a de Rio Preto Jacundá, estão dentro do reservatório da usina e não existe programa voltado para essas comunidades”, disse.

O empreendimento deverá ser operado a fio d’água, com potência instalada prevista de 400 MW e energia firme de 234,99 MW médios, para uma proposta de ser implementada no rio Ji-Paraná, na altura do município de Machadinho.

Nesta quinta-feira (07) acontece a segunda audiência pública, a partir das 17 horas, no município de Machadinho do Oeste, na Associação dos Agropecuaristas localizada na Avenida Buenos Aires s/n – Setor Industrial.

Fonte: Redação Valor & Mercado RO

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