Carregadas de gêneros alimentícios destinados a Manaus, várias carretas estão paradas desde quarta-feira passada (18/09) no km 270 da BR-319. Ali, duas balsas que faziam a travessia de veículos sobre o rio Igapó Açu estão impedidas de trafegar em função da forte seca na região. Na sexta-feira, o número de carretas correspondia a 5 quilômetros, de acordo com André Marsílio, presidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319.
# O garimpo devastou 13.484 hectares em 15 Unidades de Conservação no Amazonas, Pará e Amapá, do início de 2023 a julho deste ano. Do total, 1.512 hectares (11%) estão em áreas de Proteção Integral e 11.972 (89%) ha em reservas de Uso Sustentável. Feito com imagens de satélite e sobrevoos, o levantamento do Greenpeace Brasil mostra que as áreas protegidas mais degradadas pelo crime incluem Reservas Extrativistas, Florestas e Parques Nacionais.
O Greenpeace também identificou que os garimpeiros estão migrando do Pará ao Amazonas, com mais impactos já vistos ao longo dos rios Tapajós, Jamanxim, Anamã e Parauari. Nessa rota, entre as mais detonadas pelo avanço rápido dos ilícitos estão o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e a Estação Ecológica do Alto Maués, onde a mancha garimpada saltou mais de 420%, em quatro anos.
Fonte: A Crítica