Candidatura de Jaime Bagattoli ao Senado une líderes evangélicos e representantes do agronegócio

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O senador eleito por Rondônia, Jaime Bagattoli. Foto Divulgação PL

O pecuarista de Vilhena Jaime Bagattoli teve o nome confirmado na sexta-feira (05/08)candidato ao Senado pelo Partido Liberal (PL), legenda que é presidida no estado pelo senador Marcos Rogério, candidato ao governo.

Na convenção, chamou a atenção a nova postura de Bagattoli. Antes de iniciar discurso ao público fez questão de apresentar primeiramente ao eleitores de Porto Velho os dois suplentes: pastor Sebastião Valadares, líder evangélico reconhecido no Estado pela igreja Assembleia de Deus, e o empresário Bruno Rover.

Valadares é filiado ao PTB, legenda que tem forte ligação com o presidente Jair Bolsonaro. O primeiro suplente de Bagattoli nessas eleições, também foi suplente do atual senador Acir Gurgacz (PDT). Valadares é bem querido no meio evangélico em suas pregações. Nos finais de semana, a igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Porto Velho, reúne multidão de fiéis que vão na casa de oração assistir os cultos presididos por Valadares.

Valadares é presidente da Assembleia de Deus Ministério Madureira. Tem como vice-presidente no ministério o pastor Bruno Luciano, outra liderança importante no segmento evangélico. Com foco na família e os valores cristão, o pastor tem milhares de seguidores nas redes sociais.

Pastor Valadares, como é conhecido popularmente, disputou as últimas eleições ao cargo de deputado federal e obteve nas urnas mais de 20 mil votos.

Bruno Rover, segundo suplente de Jaime Bagattoli, é empresário e tem respaldo dos empresários ligados ao agronegócio de Porto Velho a Vilhena. Nunca se envolveu diretamente em um projeto político de grande magnitude para o presidente Jair Bolsonaro.

A candidatura de Bagattoli tem ainda o apoio do pecuarista Neodi Carlos, ex-presidente da Assembleia Legislativa por dois mandatos, e do prefeito de Machadinho, Paulo da Remap, empresário forte do agronegócio.

Em seu discurso, o candidato ao Senado fez questão de frisar para um auditório bolsonarista, que é o único candidato do partido do presidente Jair Bolsonaro em Rondônia.  Aproveitou para agradecer os mais de 212 mil votos que recebeu nas eleições de 2018. Por muito pouco, o pecuarista quase derrota nas urnas o ex-governador Confúcio Moura (MDB), eleito com 217 mil votos.

Na eleição de 2022, Bagattoli estava no grupo que ajudou a eleger o desconhecido governador Marcos Rocha (ex-PSL), projetado na política pela onda de Jair Bolsonaro. Ao ser eleito na época, Rocha teria abandonado Bagattoli, ação essa que resultou na sua desfiliação do antigo PSL. O pecuarista chegou a ameaçar a ir para um novo partido que deveria ser formado; o Aliança pelo Brasil, que acabou sendo sepultado por falta de assinaturas necessárias para criação junto a Justiça Eleitoral.

Desta vez, Bagattoli parece estar no partido certo e com um grupo político focando em único objetivo: trabalhar em sintonia com a pauta de Rondônia com a do presidente Jair Bolsonaro.

Redação Valor&MercadoRO

Texto: Marcelo Freire

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