Brasil precisa agilizar a produção de vacinas contra a Covid-19

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Solano Ferreira

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reduziu as exigências para admissão do protocolo dos novos produtos que compõem as vacinas contra a Covid-19. A medida é importante porque o Brasil precisa ter grande lote de vacinas e a apreço acessível. O quanto mais abrir para novos produtos, desde que haja a segurança de qualidade, melhor será para a população brasileira. Acontece que da maneira como vem sendo conduzido, o Brasil terá imunizado até o final de 2021, apenas 10% da população.

Essa previsão de imunização é baixa diante dos mais de 209 milhões de habitantes. Ao contrário do que foi propagado no início da pandemia, a doença que era ameaça para grupos de riscos tornou-se letal para qualquer tipo de pessoa. É como se o vírus escolhesse a quem afetar com a gravidade da doença. Diante dessa incerteza, o Brasil necessitará de muitos milhões de doses para evitar que o problema se estenda ao decorrer do próximo ano. Seria fatal para a vida e para a economia que tivermos mais um ano de pandemia.

O novo procedimento é chamado de submissão contínua. A nota técnica da Anvisa diz que, o pedido de registro da possível vacina deve ser protocolado com uma justificativa e conter informações sobre o status regulatório mundial, histórico de interações prévias do requerente e um cronograma de submissão da documentação técnica a ser avaliada. A Anvisa terá 20 dias para analisar a documentação, após ao aditamento com as informações da pesquisa. Apesar da agilização dos processos, o governo garante que todos os critérios serão tomados para que as vacinas sejam aprovadas com qualidade.

O Brasil aproxima de 4,8 milhões de contaminados, equivalente a quase três vezes a população de Rondônia, e o número de mortes no país já ultrapassa 143 mil pessoas dentre essas, muitos parentes e amigos próximos de cada um de nós. A imunização de um percentual maior da população e mais a imunização natural de rebanho, que é através de anticorpos, daria mais tranquilidade à população e faria com que o próximo ano fosse diferente do que estamos vivendo no momento.

O autor é jornalista

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