BNDES financiará geração solar por consumidores do Norte

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O BNDES aprovou a operação que permitirá ao consumidor de energia do Norte do país, principalmente da Amazônia, substituir seus geradores a diesel por usinas fotovoltaicas. O banco adquiriu 95% dos R$ 60 milhões em debêntures verdes emitidas pela Amazônia Solar Companhia Securitizadora de Créditos Financeiro. A emissão viabilizará a parceria com a fintech Solfácil, especializada em financiar a instalação de sistemas de microgeração solar fotovoltaica.

A operação permitirá o financiamento a cerca de 1.600 projetos num prazo de até 150 meses para a instalação de sistemas UFVs em residências e empresas localizadas na região. A Solfácil será responsável por avaliar a capacidade do contratante e do contratado, além de verificar a viabilidade do sistema para o consumidor antes de aprovar o crédito.

Cada investimento na ponta deverá apresentar um custo médio em torno de R$ 37 mil e será 100% financiado. Ao todo serão cerca de 12 MWp de capacidade instalada, equivalente ao consumo de quase sete mil famílias.

Esta é a primeira vez que o banco atua neste formato piloto, visando promover a aceleração da geração solar distribuída no Norte, que convive com problemas de fornecimento de energia, possuindo ainda 250 Sistemas Isolados que utilizam a geração térmica a diesel para o fornecimento. Na visão da diretora de Concessão de Crédito à Infraestrutura do BNDES, Solange Vieira, a operação é inovadora na forma de atuação, ao permitir o acesso do consumidor final aos recursos da instituição sem a intermediação tradicional de bancos.

Outro benefício para o consumidor é a redução no gasto com contas de luz, estimada em até 90%, e também da operação em si, visto o diesel ter aumentado muito de preço após o início da invasão russa à Ucrânia e pressão sobre o preço dos combustíveis. A compensação será suficiente para pagar o financiamento. Após a liquidação do empréstimo, o cliente será o proprietário do sistema fotovoltaico, quem tem uma durabilidade prevista de 25 anos.

Fonte: Canal Energia

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