As novas regras de trânsito

De acordo com os números do Datasus, do Ministério da Saúde, de 2009 a 2019 houve uma diminuição de 28,5% no número de óbitos

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SOLANO FERREIRA

Depois de seis meses finalmente entrou em vigor, ontem, as alterações feitas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Com as mudanças, a norma tenta passar para os condutores de veículo automotores um peso maior, no que se refere a responsabilidade pela segurança no trânsito. Nada mais justo, uma vez que os motoristas e ciclistas estão entre os principais atores nessa luta por um trânsito melhor no país.

Em que pese o Brasil ter conseguido diminuir os números negativos sobre acidentes de trânsito, a queda ainda manteve os índices lá e cima, o que justifica a adoção de medidas mais rigorosas para que, tanto os casos de acidentes como de vítima fatais, sejam reduzidos ainda mais.

De acordo com os números do Datasus, do Ministério da Saúde, de 2009 a 2019 houve uma diminuição de 28,5% no número de óbitos no trânsito, com a taxa de mortes caindo de 38,46 mil óbitos para 31,30 mil mortes, uma média de mil mortes por dia. Já os dados do Seguro DPVAT revelam que em 2019, houve 40,72 mil indenizações por morte no transito e 235,45 mil por invalidez.

Essa queda é um avanço, sem dúvida, mas ela pode ser bem mais positiva se houver uma conscientização geral de que o trânsito não trata apenas da questão da mobilidade, mas também — e principalmente — lhe dá com vidas humanas que precisam ser preservadas.

Se levarmos em conta que a imprudência é responsável por cerca de 90% dos acidentes que ocorrem no trânsito, é possível ver o tamanho da responsabilidade que está nas mãos dos condutores. Daí a importância de cada vez mais se pensar na adoção da direção defensiva como prudência. Só assim se conseguirá afastar do trânsito o sinônimo de morte.

O AUTOR É JORNALISTA

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