Agro e minérios juntos poderiam reverter qualquer crise

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Solano Ferreira

A vocação econômica do interior manteve a economia brasileira e evitou o colapso provocado pela pandemia ao longo do mundo. No vasto Brasil, as principais portas de empregos foram em negócios ligados à cadeia de valor do agronegócio. As exportações de produtos agrícolas, principalmente carne e soja, foram fundamentais para manter o superávit primário e não dar margem para a crise. O setor vem estimulando a retomada econômica em todas as regiões brasileiras.

Rondônia é um estado privilegiado porque soube aproveitar o potencial de terras e de mão-de-obra em favor da produção. O estado vai bem no setor e por aqui, o agronegócio também vem puxando a economia juntamente com os pagamentos de servidores públicos. É impossível fazer qualquer projeção econômica neste estado sem incluir esses dois setores que despejam dinheiro no comércio em todas as cidades.

Se o agronegócio vem sustentando o país, imagine se houvesse um controle rígido da mineração. O quanto o Brasil perde por mês em contrabando é incalculável. Talvez superaria o volume econômico do agronegócio, considerando que temos faturas de minérios, inclusive os cobiçados ouro, diamante e nióbio. As garimpagens clandestinas contribuem com a evasão em dimensão desconhecida. O país precisa assumir esse controle com urgência para ter vantagens nessas riquezas.

Quanto a minérios, o nosso estado também é farto e rico, porem sofre os mesmos descuidos de todo o país. Quer seja diamantes de reserva indígena ou o ouro do fundo do rio Madeira, o que sai pelo ralo poderia fortalecer ainda mais a economia do estado se fosse controlado e profissionalizado o setor. Enfim, temos muitas oportunidades que podem ampliar o potencial do estado.

O autor é jornalista

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