Ação prevê a soltura de 500 mil filhotes de tartarugas da Amazônia do Parque Estadual Corumbiar

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Foto: Caroline Reis

Visando a conservação da biodiversidade, será realizada neste sábado (11) no Parque Estadual Corumbiara, a soltura de aproximadamente 500 mil filhotes de tartarugas gigantes da Amazônia (Podocnemis expansa) nas baías do rio Guaporé existente na reserva. O trabalho conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) tem como proposta garantir a preservação da espécie.

Antes do filhotes ganharem às águas, a Sedam, por meio dos servidores e voluntários, dá instruções aos convidados, (autoridades e comunidade local) sobre os cuidados que devem ser observados a fim de evitar impactos sobre os filhotes.

Para o evento de soltura dos quelônios está prevista a presença da coordenadora de Gestão, Destinação e Manejo da Biodiversidade (cobio) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de Brasília, Juliana Junqueira, do secretário da Sedam, Marcílio Leite; autoridades bolivianas, agentes ambientais voluntários; representantes do Arpa e da comunidade Laranjeiras.

REPRODUÇÃO

O período de reprodução desses animais é realizado em etapas. A primeira fase do projeto consistiu na realização de monitoramento ambiental das desovas das tartarugas, na identificação e quantificação dos ninhos. Durante esse período é redobrado o cuidado com a proteção desses animais, devido à pesca e captura ilegal. Na sequência, os locais de desova seguem monitorados até o período de eclosão dos filhotes.

Após a eclosão, geralmente no mês de novembro, a equipe da Sedam recolhe os filhotes dos ninhos e esses são depositados em tanques rede, por um período de dez a 30 dias para que percam o odor característico, que atrai os predadores. Após esse período é realizada a soltura.

“Por meio deste manejo, esperamos aumentar a taxa de sobrevivência dos quelônios, que ao nascerem são frágeis e não conseguem se alimentar ou se proteger de outros animais silvestres. Então, nosso propósito é auxiliar as tartarugas para que aprendam a comer o que vão encontrar nos rios quando forem soltos”, explicou o biólogo da CUC, Diego Rudieli Scheffer. Após este período, os filhotes e adultos migram para as águas em busca de refúgio e alimentação.

Criado em 1979 para conter a exploração econômica predatória destes animais, o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) integra o Projeto Quelônios da Amazônia, desenvolvido pela Coordenadoria de Unidades de Conservação da Sedam (CUC) na proposta de promover a conservação dos quelônios de água doce.

O Projeto de Proteção e Manejo dos Quelônios da Amazônia (PQA), foi criado em 1979 pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e em 1990 passou por uma reformulação, sendo de responsabilidade do Centro Nacional de Quelônios da Amazônia (Cenaqua).

Fonte: Secom-RO

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