A pandemia, a Semana da Pátria e o futuro que podemos ter

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Ao comemorar 198 anos de Independência, o Brasil não terá os tradicionais desfiles cívicos que marcam a data 7 de Setembro, em alusão ao dia em que o imperador dom Pedro I teria proclamado o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. O ato marcou o rompimento com Portugal e consolidou-se como nação independente. O que impede neste ano o Brasil comemorar a mais importante data cívica é a pandemia do novo coronavirus, que requer isolamento e distanciamento social. Desse modo não pode ocorrer eventos que causem aglomerações de pessoas.

Nesse 7 de Setembro estaremos comemorando novas independências que estão mudando a forma de vida no planeta. O comercio consolidou a era digital e não dá mais para pensar em qualquer negócio se não for acessível na palma da mão. As rotinas sociais foram radicalmente alteradas e as práticas como um todo tiveram mudanças extremas nos modus de vida.

A pandemia também trouxe ao Brasil o repensar da SUS (Sistema Único de Saúde) que caminhava para a falência estimulada em virtude da tendência de privatização do setor de saúde. O vírus mostrou que o país depende de um sistema que seja público e eficiente, bem aparelhado e suprido de profissionais em quantidades que possam atender a população em qualquer condição e em qualidade destacável. Podemos então comemorar o despertamento para a independência do SUS de forma que possa haver reaparelhamento das unidades de saúde em todo o território nacional.

O feriado prolongado do 7 de Setembro, sem atos cívicos, nos dará tempo para refletir em alternativas sustentáveis para mundo, para o Brasil e para a nossa Amazônia, de forma que possamos transformar as práticas econômicas e produtivas em modelos mais eficazes e duradouros, fazendo o mais com o menos, e garantido os ciclos futuros para que novas pandemias não causam tantos danos ao planeta e à vida humana.

Independente da condição atual, o Dia é da Pátria, e a Pátria de todos nós, que vivemos nela e precisamos fazer com que o nosso país possa sair da condição de emergente e se tornar numa grande nação, de fato, independente.

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