De que adianta trocar a cadeira e deixar as ordens?

E essa política desastrosa na área da saúde, colocou o Brasil em uma grave situação sanitária que já preocupa o mundo

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SOLANO FERREIRA

O Brasil no Governo Bolsonaro conseguiu a proeza de ter praticamente um ministro da Saúde a cada seis meses. O Presidente já está no terceiro ano de mandato e o país ganha seu quarto gestor da pasta. Ocorre que não adianta trocar o ministro se o presidente continua com sua política negacionista, anticientífica e atitudessabotadoras a campanha de combate à pandemia do novo coronavírus.

O presidente já mostrou que está preocupado apenas com sua própria sucessão no próximo ano, e faz dos brasileiros cabaias de sua política ineficaz em todas as áreas, tanto que até agora o governo não tem nada de concreto a mostra como realização da atual administração.

Na saúde, por causa da pandemia, a falta de um presidente que chame a responsabilidade para si, que una a nação mostrando claramente o caminho a ser seguido, resultou no avanço da pandemia que não dá sinais de que “já está indo embora” como chegou a afirmar o presidente. 

E essa política desastrosa na área da saúde, colocou o Brasil em uma grave situação sanitária que já preocupa o mundo. Mas para o Palácio do Planalto isso não importa. E toda vez que o presidente nega a eficácia da vacina, falando contra as medidas restritivas e promovendo aglomerações, ele contribui para que a Covid-19 avance cada vez mais e mate mais brasileiros a cada dia. É a tal cultura de que o exemplo vem de cima. 

Como se ver, de nada adiantará mexer na pasta se o novo ministro ficar submisso a uma política que já se mostrou danosa para 11,52 milhões de pessoas que foram infectadas pelo vírus no país e, mais trágico ainda, contribuiu para que 279,28 mil brasileiros perdecem a vida na luta contra a doença.

 Mas, infelizmente, esperamos que a mudança na saúde não seja a famosa troca de seis por meia dúzia. O próprio presidente já ditou a ordem e deixou claro que o novo ministro, assim como o ex, será apenas mais um cumpridor de ordens. Ele, o Presidente, é que é na verdade é o ministro.

Sendo assim, o Brasil vai continuar na contramão do mundo no combate a pandemia, uma vez que o presidente não vai mudar de postura, atitude esta que continuará custando muito caro a todos nós. Poderíamos ter evitado muitas dessas mortes se a preocupação fosse a saúde da população e não apenas com mais uma eleição.

O AUTOR É JORNALISTA

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